O XV congresso da CGTP, a maior e mais antiga central sindical do país (de acordo com dados do último congresso, realizado em 2020, a CGTP representava 556 mil trabalhadores em todo o país), que se realizou ontem e hoje, passou ao lado das televisões. Apesar disso foi um momento alto na vida sindical portuguesa. Um momento de reflexão colectiva, reforço de unidade, de recalibrar a mira da acção sindical, de recarregar baterias para as longas batalhas que o futuro reserva e de mudança na direcção. Entre as mudanças que se fazem sentir na Comissão Executiva, mudou-se também o secretário-geral. Isabel Camarinha atingiu a idade limite para continuar com a tarefa que teve ao longo deste últimos anos e chegou a hora de passar a pasta a Tiago Oliveira um desconhecido dos holofotes mediáticos porque estes nunca o quiseram conhecer.
Tiago Oliveira tem 43 e é actualmente o coordenador da União de Sindicatos do Porto. Foi eleito novo secretário-geral da CGTP-IN com 107 votos a favor e 25 votos em branco.
Mecânico de pesados, Tiago Oliveira deu os primeiros passos na actividade sindical no Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Norte. Começou a trabalhar na Auto Sueco, na Maia, quando tinha apenas 17 anos. Cinco anos depois, foi eleito delegado sindical pelos colegas da empresa.
Nas várias recolhas de opinião que estão a ser feitas sobre o seu perfil, não faltam os elogios, mas também o destaque à sua combatividade e os enormes contributos que deu nas lutas da Petrogal, da Cerâmica de Valadares, da Auto Sueco ou da Efacec.
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