O texto conjunto de PSD e CDS recomendava ao Governo que "proceda, em estreito diálogo com a concertação social e com a Santa Sé, à avaliação e eventual alteração do acordo quanto aos feriados civis e religiosos".
Montenegro era líder parlamentar do PSD.
Trocando por miúdos, o que resultou daí?
O Zé trabalhador - tu e eu - passámos a trabalhar gratuitamente mais quatro dias por ano.
Acredito que, muitos, nem se tivessem apercebido disso. É com esses ("indiferentes ao que de mau fazem às suas vidas, eventualmente até disponíveis para colaborar e para aceitar mais suplementos de maldade") que Montenegro, líder parlamentar do PSD na altura, agora candidato a primeiro-ministro, conta nas próximas eleições legislativas, em Março de 2024.
Com PSD e CDS tivemos "um agravamento brutal da exploração dos trabalhadores, obrigando-os a trabalhar mais horas e mais dias de forma gratuita".
Já agora, só por curiosidade, sabem quem repôs os quatro feriados retirados por Passos Coelho?
A tal Geringonça que incomoda tanto Montenegro.
Os feriados religiosos do dia do Corpo de Deus (feriado móvel) e de Todos os Santos (1 de novembro), e os civis do dia da Implantação da República (5 de outubro) e da Restauração da Independência (1 de dezembro) suprimidos em 2012, foram repostos em 2016 por um governo de António Costa.
O Primeiro-ministro sublinhou na altura que esta era uma decisão em nome do futuro e não do facilitismo ou popularidade.
Montenegro, o líder da bancada parlamentar em 2021 e, agora, presidente do PSD, está a ser coerente ao defender o que defendeu este sábado: que as políticas do Governo da geringonça não terminaram em 2019, mas duram até hoje, e foram más "para a vida das pessoas".
Muitos portugueses continuam "indiferentes ao que de mau fazem às suas vidas, eventualmente até disponíveis para colaborar e para aceitar mais suplementos de maldade", portanto, Montenegro além de coerente, está no bom caminho...
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