Nos últimos 49 anos Portugal mudou. E muito.
No Portugal «do 24 de abril», qualquer pessoa podia ser presa, torturada e deportada, apenas por ser contra o regime.
Os jornais, livros, discos e filmes passavam obrigatoriamente pela Censura.
Os partidos políticos eram proibidos.
O sistema eleitoral era uma farsa.
Os homens jovens eram obrigados a combater na Guerra Colonial em Angola, Moçambique e Guiné, em nome de um império que já não fazia sentido.
As mulheres precisavam da autorização dos maridos para viajarem.
Os partidos políticos eram proibidos.
O sistema eleitoral era uma farsa.
Os homens jovens eram obrigados a combater na Guerra Colonial em Angola, Moçambique e Guiné, em nome de um império que já não fazia sentido.
As mulheres precisavam da autorização dos maridos para viajarem.
A doutrinação das crianças nos valores do Estado Novo começava logo nos manuais da escola com que aprendiam a ler e escrever.
Só em Lisboa, viviam 90 mil pessoas em barracas em 1970.
Só em Lisboa, viviam 90 mil pessoas em barracas em 1970.
Estamos a pucos meses de comemorar os 50 anos do 25 de Abril de 1974.
Boa altura para olhar para as mudanças vindas com a revolução.
Boa altura para olhar para as mudanças vindas com a revolução.
A mudança destes 50 anos é incomparável na nossa história.
Temos 50 anos de democracia atrás de nós, já é tempo de sermos crescidinhos e não andarmos por aqui com mentiras e caricaturas.
O 25 de abril de 1974 mudou Portugal
Antes de 25 de Abril de 1974 o nosso País vivia num regime de ditadura. Não exisitia liberdade. Foi na madrugada desse dia que o movimento dos capitães, encabeçado por Salgueiro Maia, saiu à rua e colocou um ponto final no regime.
Quase não houve tiros ou confrontos, algo raro num golpe militar, o que fez com que a revolução portuguesa ficasse conhecida como a revolução dos cravos, pois estas perfumadas flores vermelhas foram colocadas no cano das espingardas e distribuídas pelo povo que enchia as ruas numa explosão de alegria.
Agora, todos os maiores de 18 podem votar, não temos a polícia política, a PIDE, que tinha informadores em todo o lado para escutar conversas das pessoas. Agora, podemos falar na rua, mesmo que seja em grupo.
Contudo, os legados do 25 de Abril que as pessoas mais valorizam, têm a ver com o Estado social: habitação, educação, assistência médica. São associados à democratização e ao que o 25 de Abril trouxe especificamente de positivo.
Temos 50 anos de democracia atrás de nós, já é tempo de sermos crescidinhos e não andarmos por aqui com mentiras e caricaturas.
O 25 de abril de 1974 mudou Portugal
Antes de 25 de Abril de 1974 o nosso País vivia num regime de ditadura. Não exisitia liberdade. Foi na madrugada desse dia que o movimento dos capitães, encabeçado por Salgueiro Maia, saiu à rua e colocou um ponto final no regime.
Quase não houve tiros ou confrontos, algo raro num golpe militar, o que fez com que a revolução portuguesa ficasse conhecida como a revolução dos cravos, pois estas perfumadas flores vermelhas foram colocadas no cano das espingardas e distribuídas pelo povo que enchia as ruas numa explosão de alegria.
Agora, todos os maiores de 18 podem votar, não temos a polícia política, a PIDE, que tinha informadores em todo o lado para escutar conversas das pessoas. Agora, podemos falar na rua, mesmo que seja em grupo.
Contudo, os legados do 25 de Abril que as pessoas mais valorizam, têm a ver com o Estado social: habitação, educação, assistência médica. São associados à democratização e ao que o 25 de Abril trouxe especificamente de positivo.
Por isso, é que foram sempre tão atacadas pelos partidos de direita.
Apesar dos recuos civilizacionais, é preciso defender o principal significado do 25 de Abril para os portugueses: a democratização, que a criação de um regime democrático trouxe a Portugal.
Vale a pena recordar que apenas 15% consideram que aplicar o programa da troika foi essencial para salvar o regime, ao passo que 43% pensam que isso contribuiu para o destruir.
Passados todos estes anos há ainda muitos portugueses que não esqueceram o impacto do programa da troika no regime democrático e nas nossas vidas.
O 25 de Abril de 1974 continua a ser o símbolo da vontade dos portugueses em criar uma sociedade mais justa e mais solidária, com dimensões sociais importantes.
Hoje é dia 25 de Novembro de 2023.
Carlos Moedas é um admirador de Cavaco Silva, o homem que concedeu a dois pides a pensão que negou a Salgueiro Maia. São escolhas que a democracia, na sua infinita nobreza, permite.
Cada vez mais gente percebe que a esperança de Abril está cada vez mais ameaçada.
25 de Abril, Sempre!
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