Quanto aos problemas...
1. O CDS, foi sempre um Partido artificial sem aparelho e bases fixas.
Daí, nunca ter conseguido comunicar com o eleitorado.
Nos bons velhos tempos do CDS, aquilo que Portas sabia é que existiam meia dúzia de coisas que o seu eleitorado tradicional não suportava.
Sabemos o que aconteceu ao CDS depois de Portas: eclipsou-se do parlamento, vítima da sua própria hipocrisia.
2. A IL, a Nova Direita, não está consolidada: por enquanto não passa de um mito.
As propostas ditas fracturantes, apenas serviriam para tentar abrir portas a alguns políticos com ambições presidenciais em 2026 - quiçá a Santana? - pelo espectro político do "centro direita" e com pretensões a captar o eleitorado descontente com o "centro esquerda".
Quanto à necessidade da coligação...
As coligações, como seria o caso desta, fazem-se para fazer alguma coisa: neste caso, "para ganhar ao PS".
Quase sempre, também contra alguma coisa: neste caso, "contra o PS".
Nesta coligação em concreto, não se vislumbra em Montenegro, no Rocha e nem no Melo, uma visão abrangente para o desenvolvimento global de Portugal.
Depois, não haveria dinheiro para satisfazer todas as clientelas...
E o futuro...
E se o dito "centro direita" (depois deste governo PS, dito de "centro esquerda"), tornar a falhar, como tem acontecido desde 1978, com as sucessivas alternâncias entre o PS e o PSD/CDS, teríamos a seguir o quê?
Ou, de novo o PS: "centro esquerda"?
O "centro direita", não quer ser a direita conservadora: Salazar morreu.
Resta ao "centro direita" ser liberal?
Mas, então como lidar com a histórica indigência de Portugal e dos portugueses?
Sobra a crise permanente?
E o povo aguenta?
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