quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Não é possível continuar a assistir ao que se está a passar na saúde sem um sobressalto cívico

«O comandante dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz, Armindo Bertão, afirmou ao DIÁRIO AS BEIRAS que a corporação chegou a ter cinco das nove ambulâncias à porta das Urgências do HDFF. “Em média, o tempo de espera foi de cerca de três horas, a partir das 11H00”, afiançou. No entanto, ressalvou Armindo Bertão, nenhum serviço de socorro foi comprometido. “Não foi recusado nenhum serviço de socorro”, garantiu. Mas, frisou, para uma ocorrência na cidade, teve de ser acionada uma ambulância da secção do Paião dos Bombeiros Voluntários, na margem Sul do concelho, que tem duas destas viaturas a seu cargo. Contactada pelo DIÁRIO AS BEIRAS, a administração do HDFF asseverou que “houve durante o dia de hoje [ontem] ambulâncias que ficaram a aguardar as macas, porque estavam a ser dadas altas clínicas e a proceder-se ao internamento dos utentes que estavam” nas Urgências. Na última semana, acrescentou, “houve uma procura acrescida nos serviços de Urgências, por parte de utentes fora da área de referenciação da Figueira da Foz”. Sobretudo, vindos dos distritos vizinhos de Aveiro e Leiria.

Entretanto, como o DIÁRIO AS BEIRAS avançou ontem, citando a administração do HDFF, este hospital “também enfrenta dificuldades no preenchimento da escala do Serviço de Urgência para o mês de outubro, principalmente em Cirurgia Geral”. Os “médicos que já atingiram as 150 extraordinárias” mostraram “indisponibilidade” para fazerem mais horas extras para além daquelas que estão contempladas na lei, avançou a administração do HDFF. O hospital, esclareceu, está, contudo, a “tentar resolver as ausências na escala com o apoio a prestadores externos”

Imagem via Diário as Beiras

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