Em Lisboa e em muitas cidades a manifestação “que se lixe a Troika”, reuniu centenas de milhares de portugueses.
Via Jumento
"Depois de muitos portugueses terem visto os seus vencimentos cortados enquanto o horário de trabalho era aumentado arbitrariamente sem qualquer compensação ou negociação, sempre com a Troika a ser usada como espantalho ameaçador.
Curiosamente, a reação só surgiu depois de muita austeridade imposta aos funcionários públicos, quando se deu o golpe da TSU, perante a recusa da redução da TSU para os patrões enquanto era aumentada para os trabalhadores, o que equivalia a impor aos salários do setor privado os cortes já impostos no Estado.
Foi então que Vítor Gaspar, ministro das Finanças de Passos Coelho, que era apresentado como uma versão democrática do Salazar ministro das Finanças do Estado Novo, até tinha uma avozinha na Covilhã o que lhe dava um ar de ruralista, se lembrou de um golpe de magia, já que não aceitavam o golpe na TSU, levam com um corte nas pensões.
Uma medida que nos lembrava um velho anúncio da aguardente da Aldeia Vela, já que não há Aldeia Nova então sirva um pastel de bacalhau.
Os protestos serviram par uma explosão coletiva de sentimentos e na imagem vemos um cartaz em que se grita “não estamos a estudar para emigrar”.
Passaram 10 anos, a Geringonça foi aproveitando a continuação da austeridade e António Costa só não a prolongou mais porque os parceiros de governo se opuseram à devolução dos salários em pequenas prestações disso. A verdade é que a austeridade foi mantida e neste último ano até foi repostas de forma sub-reptícia, com a ajuda da inflação, que se traduziu num aumento de receitas ficais sem se ter de aumentar qualquer taxa de impostos.
Passados dez anos o cartaz faria sentido? Desconfio que agora o cartaz seria outro “Estamos a estudar porque queremos emigrar”.
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