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A nossa memória vai-se tornando mais curta.
Vem isto a propósito do texto "Os candidatos naturais", publicado no Correio da Manhã, por Santana Lopes.
Para Santana Lopes, "há dois candidatos naturais, um à direita e outro à esquerda: Durão Barroso e António Guterres."
Convém ficar registado o prognóstico, para podermos lembrar com precisão, daqui a um ano e picos, o homem que, aparentemente, se auto-excluiu do mapa dos candidatos presidenciáveis.
Porém, o caminho faz-se caminhando (ou "queimando".)...
DURÃO, tem uma larga faixa da sociedade portuguesa que não o consegue suportar de nenhuma maneira.
E não só à esquerda.
Não subestimando a importância do cargo e a honra que para ele foi ocupar o cargo de Presidente da Comissão Europeia, ninguém esquece as consequências que a aceitação do cargo por Durão teve, por ter "abandonado" o País: a indigitação de Santana Lopes para PM, sem realização de eleições, deixou vários arguidos com contas a prestar ao tribunal da História.
Desde logo, o próprio Durão.
GUTERRES, mesmo na perspectiva da esquerda, não é a melhor escolha para o cargo.
Uma larga faixa da sociedade portuguesa não consegue "engolir" Guterres.
E não é só à direita.
Assusta-os que Guterres possa vir a ser presidente.
Sendo o político dos consensos, moldável num mesmo momento a opiniões e políticas contrárias entre si, poder-se-ia pensar tratar-se do presidente ideal para o dia a dia, da acção governativa de qualquer partido no poder.
No entanto, Guterres enquanto governante, mostrou claramente ser incapaz de tomar decisões de estado. Não revelou firmeza de convicções nem coragem política.
Perante isto, será de concluir que a opinião de Santana releva estratégia eleitoral?
Quem sabe?..
Talvez sim. Ou talvez não.
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