Imagem via mural de P Santana Lopes
Este OUTRA MARGEM veio ao mundo para registar. Fica mais este registo.
Mas - também e sempre - para questionar... Que o mesmo é dizer: para incomodar.
Enquanto o seu autor mantiver a esperança de que há uma possibilidade de ser possível viver numa Aldeia, num Concelho e num País melhor do que isto que temos, e onde seja possível o debate de ideias, vou continuar por aqui.
Quando perder totalmente essa esperança, meto o teclado no saco...
Nestes quase 18 anos de OUTRA MARGEM, como sempre aconteceu na minha existência, tenho sido incómodo, difícil, duro e ousado. Todavia, continuo a não me esconder na cumplicidade, no silêncio, nas meias-tintas de conluio com o poder. Ao invés, procurando fazê-lo sempre com o rigor que considero imprescindível em qualquer confronto de ideias, mesmo que seja uma mera troca de pontos de vista divergentes sobre política.
Já fui prejudicado na vida, na carreira profissional, na família e no bolso (mas, isso, é o menos importante).
Até agora não desisti. A luta continua.
Liberdade e Abril, Sempre!
Saúde e um abraço para todos: aos que gostam e aos que gostam menos - e que apesar de estarem fartos de mim, continuam a vir cá espreitar...
Como escrevi num comentário do mural do Doutor Santana Lopes:
"O genial Fernando Pessoa, poeta português que viveu entre 1888 e 1935, in “Livro do desassossego”: “não o prazer, não a glória, não o poder: a liberdade, unicamente a liberdade.”
Se há algo que caracterizou a minha vida, foi lutar em todo o lado por onde passei por aquilo que a minha (nossa) geração encarou como progresso e avanço social e poltítico: a ideia de liberdade.
Infelizmente, os sinais e os rumores que vamos tendo, é que essa ideia de liberdade já conheceu melhores dias.
Já tivemos mais certezas e mais capacidade para a luta pela liberdade. A sociedade está a mudar. Hoje, em Portugal, vive-se com a sensação de que o futuro está a ser construído sem a nossa participação.
Olhamos em frente e vemos o futuro cinzento, desorganizado, confuso e assustador, porventura com novidades para as quais ainda não temos respostas.
Os fundamentos que ameaçam o nosso futuro e a nossa democracia são reais.
Temos de estar atentos e não deixar que os receios com o nosso futuro colectivo nos atemorize e nos iniba na batalha pela liberdade e pela democracia.
E aquilo que quero para o meu País, quero para o meu concelho, para a minha Aldeia e, claro, para mim próprio.
Dentro das minhas parcas possibildades vou tentando contribuir para o debate. Sempre fiz o que pude.
As palavras da sua postagem que estou a comentar, que sei sinceras e autênticas da parte do Doutor Santana Lopes, vão provocar sobre a minha pessoa, invejas, refinamento de ódios e maus olhados, para não falar nas tricas de café tão normais e tão férteis numa cidade de província como a Figueira e, quiçá, umas filosóficas postas no face.
Mas, como deve calcular, isso será para o lado que me viro melhor. Nada, nem ninguém, vai conseguir comprometer a minha ideia de Liberdade."
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