“Sapadores trabalham uma semana de graça por cada quatro pagas”.
“Pela primeira vez na história do nosso sindicato, vamos fazer uma greve para trabalharmos só as 35 horas por semana que decorrem da lei, como qualquer trabalhador, e as restantes que tivermos de trabalhar que sejam remuneradas”.
Segundo Sérgio Carvalho, desde janeiro deste ano que o município da Figueira da Foz não paga o trabalho extraordinário, com base num parecer da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, que “omitiu a existência de uma Acordo Coletivo de Empregador Público”, assinado entre a Câmara da Figueira da Foz e várias estruturas sindicais, em 2015.
“Todos os meses os bombeiros trabalham mais horas do que um funcionário público normal e não são ressarcidos de qualquer valor desse trabalho, numa média de 250 euros mensais a menos”, denunciou o dirigente sindical.
Depois de uma reunião realizada ontem, em que esteve presente o presidente do Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais, Sérgio Carvalho, os Bombeiros Sapadores da Figueira da Foz anunciaram que se, entretanto, nada for resolvido, vão mesmo avançar para a greve, em maio, às horas extraordinárias.
Neste plenário que decorreu no quartel dos BSFF, ficou decidido que já no próximo mês, os 29 elementos da corporação municipal «deverão limitar-se a cumprir apenas 35 horas semanais como qualquer funcionário público», explicou aos jornalistas, à saída da reunião, o dirigente sindical.
A greve tem por finalidade exigir ao município a reposição do pagamento das horas extra, com efeitos retroativos.
“Vamos ter de avançar para a greve. Há um grande descontentamento em relação à situação. A câmara continua a marcar um horário de trabalho [com] mais de 35 horas semanais, sabe que não lhes pode pagar [as horas extra] e [os bombeiros], a cada quatro semanas, trabalham uma semana de graça, juntando os turnos todos”, disse Sérgio Carvalho.
“Esta alteração ao pagamento do vencimento foi imposta pela autarquia, que não cumpriu o acordo assinado [com os sindicatos] em 2015”, afirmou ainda Sérgio Carvalho. “O dia ainda não está certo porque temos de dar 10 dias úteis para sabermos se a Câmara quer negociar os serviços mínimos, já que a nossa carreira é especial e não conseguimos marcar de um dia para o outro”, explicou o presidente do SNBP
“Vamos ter de avançar para a greve. Há um grande descontentamento em relação à situação. A câmara continua a marcar um horário de trabalho [com] mais de 35 horas semanais, sabe que não lhes pode pagar [as horas extra] e [os bombeiros], a cada quatro semanas, trabalham uma semana de graça, juntando os turnos todos”, disse Sérgio Carvalho.
“Esta alteração ao pagamento do vencimento foi imposta pela autarquia, que não cumpriu o acordo assinado [com os sindicatos] em 2015”, afirmou ainda Sérgio Carvalho. “O dia ainda não está certo porque temos de dar 10 dias úteis para sabermos se a Câmara quer negociar os serviços mínimos, já que a nossa carreira é especial e não conseguimos marcar de um dia para o outro”, explicou o presidente do SNBP
O sindicalista acrescentou que “há quatro meses que a câmara não tem agenda para reunir-se” com o sindicato.
De acordo com Sérgio Carvalho, vai ficar em causa a segurança à superespecial do Rali de Portugal agendada para 12 de maio na Figueira da Foz, porque não há bombeiros disponíveis para fazer prevenção à prova – “a Câmara se quiser vai ter de recorrer bombeiros de folga, sabendo que não lhes vai pagar”.
O presidente do sindicato alertou ainda para uma situação social muito grave, em que os bombeiros “estão com muitas dificuldades em pagar as suas compras, porque têm uma redução no seu ordenado em mais de 250 euros.
Noutras câmaras onde surgiram dúvidas legais, o presidente do SNBP disse que foram realizadas reuniões e efetuada uma alteração ao horário de trabalho para existir enquadramento legal para pagar o trabalho extraordinário, como aconteceu em Coimbra.”
Em declarações ao Diário as Beiras (edição de hoje) o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes, afirmou que tem abordado o assunto com diversos membros do Governo e que tem reunido com os BSFF, mostrando-se, por outro lado, disponível para reunir-se também com o sindicato. “Eles sabem que, da minha parte, tenho feito tudo o que posso. Estou à espera que saia o diploma do Governo que resolva a situação”.
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