quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

69

Foto: Pedro Agostinho Cruz
Um português, ter algo de louco e de paradoxal, é algo normal.
Portanto, é com toda a naturalidade que encaro  ter chegado a esta nobre idade.
Acreditem: é um enorme prazer fazer 69!..
Quem faz 69, mesmo que feito num oito, conseguiu ultrapassar a barreira dos 68.
Aguentei. 
O tempo passou e tudo resolveu. 
Confesso que gostei.

Nasci em 5 Janeiro de 1954. Hoje, mais uma vez é Janeiro, 5, mas de 2023.
Passaram 69. 
Hoje, ninguém que me incomode. Caramba, pá, mereço: faço 69.

Não houve, não há, nada escondido: o segredo, no caminho percorrido, foi perceber que, cada momento, era para ser vivido em seu devido tempo.
Objectivo próximo: continuar o percurso, sem fazer grandes figuras de urso.

Tem sido fixe. Confesso que vivi. Conseguir chegar aqui, não é a glória, nem o fim da minha história. Contudo, constitui uma importante vitória. 
Houve momentos porreiros, outros de algum fetiche e outros mesmo prazenteiros. Dos maus não reza a história, nem disso resta nada na minha memória.

Não desperdicem tempo com a minha pessoa. Friedrich Nietzsche, se por absurdo cronológico se tivesse cruzado comigo, diria de mim apenas: "humano, demasiado humano"
No fundo, sou apenas boa pessoa. Não tenho rancores, desamores, apenas bons humores. 
Pouco mais há a dizer. O resto, que é pouco, fica apenas para eu saber.
 
Tem sido fixe. O resto que se lixe.
Como dizia a minha avó Maia no tempo da fome e da guerra: "haja saúde e coza o forno".

2 comentários:

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