Via Diário as Beiras
«Na reunião de Câmara da Figueira da Foz realizada hoje, foi adiada a votação de aquisição de 76 hectares no Cabo Mondego, por 2,1 milhões de euros, que inclui antigas instalações fabris, uma pedreira e terrenos. O negócio, que já tem um acordo há cerca de dois meses, engloba também a área da estrada do “Enforca Cães”, recentemente requalificada e asfaltada.
O contrato-promessa de compra e venda foi hoje presente à sessão de Câmara, mas os vereadores da oposição (PS e PSD) solicitaram documentos de suporte, que não estavam anexos ao processo e o presidente da Câmara adiou o ponto para a próxima sessão.
“Concordamos com a aquisição, mas falta-nos suporte técnico para aprovar”, disse a vereadora socialista Diana Rodrigues, referindo que o PS estará em condições de votar com o processo “bem instruído”.
O único vereador do PSD, Ricardo Silva, também concorda com o negócio, mas denunciou a falta de parecer dos serviços na proposta de aquisição.
A vice-presidente do município, Anabela Tabaçó, adiantou que a empresa vendedora está a efectuar os registos dos terrenos e imóveis, que deverão estar concluídos até à data da escritura.
Em setembro, o presidente da Câmara, Pedro Santana Lopes, referiu à agência Lusa que na área que o município vai adquirir à empresa que sucedeu à Cimpor (Inter-Cement Portugal) existem vários edifícios com capacidade construtiva, em conformidade com o Plano Diretor Municipal e a área de proteção do farol.
“Vários regimes jurídicos ali confluem, mas que não impedem o desenvolvimento de alguns projetos respeitadores do local e das suas extraordinárias características”, salientou, na altura, o autarca, referindo que a zona tem área de construção permitida para unidades de desenvolvimento compatíveis com o sítio.
Para o presidente da Câmara, o local poderá comportar espaços de ensino, investigação, e eventualmente turismo.»
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