Como escrevi ontem.
Não chegámos ao ponto crítico em que nos encontramos por mero acaso: foi causa, efeito e consequência de erros sucessivos - alguns deles estratégicos -, cometidos por responsáveis políticos e técnicos, durante décadas no concelho da Figueira da Foz.
Se apreensivo e preocupado fui para a sessão de terça-feira no Auditório do Museu, mais apreensivo e preocupado vim depois da realização dessa reunião.
Não chegámos ao ponto crítico em que nos encontramos por mero acaso: foi causa, efeito e consequência de erros sucessivos - alguns deles estratégicos -, cometidos por responsáveis políticos e técnicos, durante décadas no concelho da Figueira da Foz.
Se apreensivo e preocupado fui para a sessão de terça-feira no Auditório do Museu, mais apreensivo e preocupado vim depois da realização dessa reunião.
Via Diário as Beiras, edição de hoje, vejo confirmado o desconforto que a prestação dos representantes da APA presentes na reunião me transmitiram.
«Na sessão pública promovida pelo autarca, com a
participação de responsáveis da APA, para a apresentação do calendário das
intervenções, Santana Lopes
garantiu: “Não vos vamos
largar”. E acrescentou
que “desde os tempos da
faculdade que não falava
em outras formas de luta”.
Mas, mantendo o contacto
visual com os responsáveis
da APA, advertiu: “Se for
necessário, usaremos outras formas de luta”.
Indagado pelos jornalistas, à margem da sessão,
sobre que tipo de ações
poderá vir a protagonizar,
o autarca defendeu que “o
efeito surpresa é muito importante para surtir efeito”.
Entretanto, aguarda que
a APA passe dos estudos
aos actos, em tempo útil,
porque o avanço do mar
tem-se revelado inexorável
na ameaça a pessoas e bens
da zona costeira.
Por outro lado, o presidente da câmara exortou a
APA a acionar mecanismos
legais que permitem lançar empreitadas sem concurso público, sustentando
que a situação da costa figueirense enquadra-se nas
circunstâncias excecionais.
Isto para acelerar as intervenções, que se revelam
urgentes.
Santana Lopes defendeu,
ainda, o Estado de Emergência. “Para que a APA
perceba que esta região
está em Estado de Emergência, acelere [as ações]
e crie uma equipa especial
para esta sub-região do
Baixo Mondego”, disse aos
jornalistas.»
Para quem não atinja a importância e o alcance político desta posição do Dr. Santana Lopes, lembro: desde que tenho memória, esta é a posição mais reivindicativa e mais clara de um autarca figueirense, perante o poder central, em defesa dos martirizados habitantes da margem esquerda do estuário do Mondego.
Perante a gravidade da situação, o momento não está para hesitações.
A opção é clara: neste caso específico, temos de nos unir em torno da autarquia figueirense (e do seu líder) - para exigir perante o Ministério do Ambiente, que é quem tem a responsabilidade e os meios para o realizar, aquilo a que temos direito - medidas rápidas, concretas e eficazes que nos tranquilizem e às nossas famílias.
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