Eleições para a concelhia do PS.
Os números, segundo fonte próxima do PS.
A nova líder do PS da Figueira da Foz, Raquel Ferreira (lista B), obteve 326 votos, contra 268 de Carlos Monteiro (lista B).
Segundo a Figueira Tv e a Revista ÓBVIA, "a deputada à Assembleia da República, Raquel Ferreira, venceu o antigo Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, na corrida à liderança da Concelhia do Partido Socialista figueirense.
Carlos Monteiro, que se recandidatava depois de ter perdido a autarquia para Pedro Santana Lopes, e ter recentemente pedido a suspensão do mandato de vereador para assumir o cargo de vogal do conselho de administração do Porto de Aveiro e Figueira da Foz, conquistou 45% dos votos em urna, enquanto Raquel Ferreira obteve os restantes 55%. Votaram cerca de 500 dos 730 militantes com capacidade eleitoral activa (quotas pagas).Nas secções, está já apurada a de Buarcos, onde venceu Maria José Moura; em Maiorca, Antonio Jesus; na Marinha das Ondas, João Parracho, e na secção da Figueira da Foz, Ricardo Pereira, candidatos afectos à lista de Raquel Ferreira.
A lista liderada por Carlos Monteiro conquistou as secções de Tavarede, Borda do Campo e Brenha, encabeçadas por Dina Bandeira, Lucínio Carvalho e Fausto Loureiro, respectivamente."
Ao que a ÓBVIA apurou, "o acto eleitoral decorreu com normalidade, à excepção de uma altercação na mesa de Buarcos, no Grupo Caras Direitas, onde a PSP foi chamada por alegadamente o ainda secretário-coordenador e recandidato Nuno Marques ter agredido um elemento da lista adversária."
A carreira política de Carlos Monteiro pode ter terminado hoje.
Ou não? Não se esqueçam que estamos na Figueira...
A política é feita por pessoas. Com virtudes e defeitos. Mas, por pessoas como todos nós.
As notícias sobre a morte política de Carlos Monteiro afinal não eram exageradas.
O PS Figueira, tem inúmeras razões para malhar no político, mas convinha não perder o contexto político figueirense global de vista.
Todavia, mesmo tendo em conta que estamos na Figueira, depois dos erros políticos cometidos nos últimos 2 anos e picos por Carlos Monteiro, um relançamento de uma nova vida política de Carlos Monteiro é pouco provável.
Nisso, o resultado de hoje, foi muito claro.
Para quem observou esta disputa eleitoral entre Carlos Monteiro e Raquel Ferreira fora dos meandros partidários, facilmente deu conta que o resultado da votação nada teve a ver com ideias ou com discussão de projectos diferentes apresentados pelos contendores, tendo em vista a eficácia da estrutura política do PS Figueira e a luta por uma vitória em próximas autárquicas.
As campanhas eleitorais de hoje são de uma completa inutilidade. Raramente acrescentam uma ideia. Alguém deu conta de um debate sereno sobre formas de organização e intervenção política?
O que se viu, foi a conquista de um território partidário debaixo de uma nova liderança concelhia, espaço político esse que vai além de Raquel Ferreira.
Para o PS chegar a ser alternativa autárquica ao actual poder autárquico - melhor dizendo, a Santana Lopes - vai ter de trabalhar muito.
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