Vivemos num País em que nada parece ter nexo. Tudo é apenas o reflexo!
Nem o PS, nem o PSD, os dois grandes partidos do sistema democrático português, conseguem corresponder às necessidades da democracia portuguesa e dos portugueses.
Nenhum consegue ter capacidade de mobilização própria fora de eleições. Nenhum consegue agregar e, muito menos, motivar os sectores mais dinâmicos da sociedade. Ano após ano, nenhum apresenta ideias ou políticas novas.
Limitam-se a gerir a mudança proporcionada pelos ciclos políticos.
O PS, neste momento, está no governo com maioria absoluta. Embora o primeiro-ministro, António Costa, garanta a prioridade do Governo “no apoio máximo” às famílias e empresas, rejeitando o “ruído da espuma dos dias” para continuar “focado nos portugueses” e na resolução dos problemas do país, as pessoas têm cada vez mais dificuldades no seu dia a dia.
Estamos no momento do debate público sobre as grandes opções políticas para o próximo ano. No contexto que vivemos actualmente, a prioridade só podia ser uma: atenuar as dificuldades que o brutal aumento da inflação representa para as famílias e para as pequenas e médias empresas.
Vimos o que se passou com os reformados. Estamos a ver o que se está a passar com os funcionários públicos.
Não vale a pena o governo enveredar pela criação de apoios pontuais. Se é verdade que qualquer apoio é importante, também é verdade que, com apoios pontuais, no mês seguinte as dificuldades voltam, porque o salário ou a pensão é o mesmo, mas os preços continuam a subir.
Já todos percebemos que a inflação que se está a verificar não é um fenómeno de curta duração.
O PSD espreita o seu momento.
Como partido, está cada vez mais longe do que já foi: um partido social-democrata, reformista e basista.
Os seus actuais líderes, vieram de “dentro”, do "aparelho".
Na elite partidária que dá o poder a Luís Montenegro dentro do partido, é difícil ver algo que tenha a ver com a identidade social-democrata.
Nada tem a ver com que o País real precisa. Quando for governo, vai ser mais do mesmo: servir os poderosos e tentar institucionalizar, uma ideia de “liberalismo”, talvez com o apoio parlamentar da IL e do Chega.
Para este PSD de Montenegro, mais importante que a liberdade, é a autoridade do poder.
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