Via Diário as Beiras
Perante um país que tem um Serviço Nacional de Saúde em morte acelerada e agonia lenta, há que não perder tempo.
O problema, como está mais que visto não era Marta Temido. O problema é um executivo que governa "para a obtenção de um número simpático para o défice orçamental do ano, sem olhar para as consequências no longo prazo nem para o planeamento que governar ao ano inviabiliza completamente. São as “contas certas” das “poupanças” que ficam tão caras em sofrimento e em preço. É a promiscuidade das aquisições de bens e serviços ao privado, que pesa mais de 40% no Orçamento da Saúde. É o Ministério da Saúde funcionar como uma Secretaria de Estado do Ministério das Finanças. É a obsessão de um Governo que prefere pagar 4 ou 5 vezes mais, o que seja, desde que não pese em Orçamentos futuros, por serviços que não sejam despesa permanente a assumir compromissos que garantam a estabilidade, a qualidade e a normalidade a cuidados de Saúde que o SNS terá sempre que prestar no registo de permanência que a obsessão do Governo insiste em recusar."
O acordo de regime não vai faltar. Montenegro, o novo líder do PSD: “O SNS é uma pedra basilar, que nós defendemos, mas defendemos que quando não tem capacidade de resposta precisamos de contar com o sector social e privado, de forma complementar, para que, com a ajuda do Estado, os cidadãos com menos recursos possam também aceder aos cuidados de saúde, e infelizmente o Governo não olha para isso”.
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