Ontem, pouco depois do anúncio do "bodo aos pobres", pelo enorme publicitário e propagandista António Costa, escrevi na minha página do facebook: Pensionistas, já fomos...
Os pensionistas vão receber um suplemento extraordinário extra correspondente "a meio mês de pensão equivalente a 50% do valor habitual da pensão, paga de uma só vez em outubro", o que corresponde a um aumento de cerca de 3%.
O truque está aqui: este aumento só será pago em 2022.
Cumprindo a lei a atualização em 2023 seria entre 7,10% e 8%
"O Governo vai propor à Assembleia da República o seguinte aumento das pensões para 2023: de 4,43% para pensões até 886 euros, de 4,07% para pensões entre 886 e 2.659 euros; e de 3,53% para as outras pensões sujeitas a atualização", revelou António Costa.
O chefe do Governo garante que "estes aumentos somados ao suplemento extraordinário e pago já em outubro garantem que todos os pensionistas têm, até 2023, um rendimento idêntico ao da estrita aplicação da forma legal".
Mas, há um pormenor: "substituir o aumento que a lei impunha, que deixou de impor porque ele a suspendeu, por um cheque irrepetível, não tem outro nome: é roubo, ainda por cima um roubo para todo o sempre.
As actualizações de 2024 serão menores porque incidirão sobre pensões que não crescerão o que a lei impunha em 2023, as de 2025 incidirão sobre as pensões roubadas em 2024, as de 2026 e seguintes irão repercutir para todo o sempre o roubo inicial. Temos um Primeiro-Ministro que rouba reformados com pensões de miséria e, se nada disser, temos um Presidente da República que lhe garante cobertura."
Reconheçamos o talento de Costa, o malabarista: nem o melhor vendedor de banha-da-cobra se lembraria disto.
Resumindo e concluindo: os pensionistas saem a perder a prazo, pois o Governo decidiu transformar metade do aumento das pensões previsto na lei para 2023 num bónus não repetível entregue em Outubro.
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