«A Polícia Federal brasileira fez buscas nas casas de empresários que trocaram mensagens num grupo de WhatsApp, em que se mostravam a favor de um golpe de Estado caso o ex-Presidente Lula da Silva ganhe as eleições presidenciais. O ministro da Justiça e o vice-presidente criticaram a operação.
“Prefiro golpe do que a volta do PT (Partido dos Trabalhadores). Um milhão de vezes. E com certeza ninguém vai deixar de fazer negócios com o Brasil. Como fazem com várias ditaduras pelo mundo”, escreveu um empresário identificado como José Koury num grupo de WhatsApp. Esta é uma de várias mensagens divulgadas na semana passada pelo site Metrópoles, de empresários que defenderam um golpe de Estado em caso de vitória de Lula da Silva nas eleições presidenciais do Brasil. Na terça-feira, a Polícia Federal brasileira fez buscas nas casas de oito empresários envolvidos na troca de mensagens.
As ordens de busca e apreensão de possíveis provas foram ordenadas por Alexandre de Moraes, magistrado do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com um comunicado da Polícia Federal, os mandados de busca foram realizados por 35 agentes, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará.
A ação policial foi criticada pelo ministro da Justiça, Anderson Torres. “Não podemos começar a achar normal a forma como as coisas vêm acontecendo no Brasil. A polícia entrando na casa das pessoas, Justiça bloqueando suas contas e quebrando seus sigilos bancários, por conta de elas estarem emitindo opiniões pessoais num grupo fechado de WhatsApp. Isso beira o totalitarismo”, afirmou em declarações à Folha de S. Paulo.
A ação policial foi criticada pelo ministro da Justiça, Anderson Torres. “Não podemos começar a achar normal a forma como as coisas vêm acontecendo no Brasil. A polícia entrando na casa das pessoas, Justiça bloqueando suas contas e quebrando seus sigilos bancários, por conta de elas estarem emitindo opiniões pessoais num grupo fechado de WhatsApp. Isso beira o totalitarismo”, afirmou em declarações à Folha de S. Paulo.
De acordo com o mesmo jornal, o próprio Presidente Jair Bolsonaro questionou as medidas adotadas num almoço reservado em São Paulo, argumentando ser desproporcional o bloqueio de contas bancárias dos empresários envolvidos.»
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