sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Diogo Pacheco de Amorim

Das bombas de 75 a “vice” do Parlamento?  Via Filipe Tourais, fica o Curriculum de Diogo Pacheco de Amorim, o número dois do Chega e seu ideólogo, que Ventura indicou como candidato a Vice-presidente da Assembleia da República.
«Tem mais de ex-presidiário do que qualquer outra coisa, mas nunca cumpriu pena nem nunca foi julgado como devia apesar de ter militado no MDLP. Para quem não saiba, e como se verá adiante é perfeitamente natural que a maioria não saiba, o MDLP foi um grupo terrorista armado liderado por António de Spínola. Este não teve dificuldade em ser escolhido para Presidente da Junta de Salvação Nacional logo a seguir ao 25 de Abril e, de seguida, ser designado Presidente da República.
Teve que fugir para o Brasil depois de liderar um golpe de Estado fracassado em 11 de Março de 75. Ainda assim, apesar do golpe e apesar dos mais de 600 atentados à bomba do MDLP que mataram tantos inocentes, entre eles, porventura os mais conhecidos, o padre Max e a sua acompanhante, crimes que ficaram por julgar, o aclamadíssimo pai da democracia Mário Soares encheu-o de condecorações e honrarias em 1987 pelos seus “feitos de heroísmo militar e cívico e por ter sido símbolo da Revolução de Abril e o primeiro Presidente da República após a ditadura”.
Diogo Pacheco de Amorim é um dos muitos filhos da contra-revolução que foi feita pelos seus partidos. Gosto imenso de lhes ouvir aqueles “como é possível”, "fascismo nunca mais" e “ao que isto chegou” que se vão esforçando por dizer para a câmara e para o microfone com a mais profunda indignação. Acho bonito. Comovo-me sempre quando os vejo de cravo ao peito no 25 de Abril, a data da revolução que eles foram convertendo na sua oligarquia abrileira. Os cravos também não comemoram todos exactamente o mesmo Abril.»

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