"...a guerra é uma actividade constante da espécie. Pode medir-se cada uma pelo número de vítimas, meios, conquistas ou pelas suas consequências – as mudanças geopolíticas, ou estratégicas que dela resultam.Abreviando as considerações filosóficas, ideológicas e materiais, sigamos directamente para a primeira guerra global depois de 1945, a que presenciamos hoje, ainda nem sequer ultrapassada a pandemia. Global, não porque envolve muitos países; afinal é “apenas” uma grande potência a ocupar um país vizinho considerado inferior. Global, pelo que significa e pelo que vai acarretar em repercussões no panorama europeu e no equilíbrio entre a China e os Estados Unidos – esse sim, o grande conflito mundial a decorrer, embora (ainda) sem uma guerra aberta.
O "putinismo" é uma doutrina de extrema-direita que aspira a reconstituir o território da antiga União Soviética, mas com valores capitalistas (na pior acepção do termo “capitalismo”). O aparelho de Estado está nas mãos da antiga polícia política, o KGB, distribuindo benesses económicas aos grandes empresários que se portam bem, atirando algumas migalhas ao vulgo, anestesiando o proletariado com a recuperada religião (cristã ortodoxa) e alimentando a ideia de que o país tem um lugar predestinado na cena mundial.
O facto de Putin invadir a Ucrânia não tem nada de surpreendente: ele próprio tem vindo a declarar publicamente, há anos, que vai desfazer “a maior tragédia do Século XX”, entenda-se, o desmantelamento da URSS.
O que é interessante, para começar, são os resultados imediatos desta invasão anunciada.
Ao nível político, por um lado, ressuscitou a NATO; por outro, atestou a impotência da UE.
Putin, querendo ser maior, apequenou-se.
Os Estados Unidos, que já não são grandes, continuam na curva descendente.
A Europa, que nem se consegue definir, terá de ocupar-se com a sobrevivência.
A China, sem ter mexido uma palhinha, vai por aí acima.
É melhor tomarmos consciência de que, mesmo sem termos os russos a invadir-nos as praias, vamos ter uma vida bem mais difícil.
É a vingança do chinês..."
Os Estados Unidos, que já não são grandes, continuam na curva descendente.
A Europa, que nem se consegue definir, terá de ocupar-se com a sobrevivência.
A China, sem ter mexido uma palhinha, vai por aí acima.
É melhor tomarmos consciência de que, mesmo sem termos os russos a invadir-nos as praias, vamos ter uma vida bem mais difícil.
É a vingança do chinês..."
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Uma análise pragmática e inteligente da situação política actual.
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