quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

E se a Figueira valorizasse verdadeiramente a lampreia?

Janeiro a Abril são, por excelência, os meses da lampreia.
De captura e de degustação. Considerada uma praga nos Estados Unidos e Canadá, a lampreia é um dos petiscos mais caros e mais apreciados da gastronomia portuguesa.
É nas chamadas zonas tradicionais da pesca de lampreia, como o rio Mondego, que a podemos encontrar com facilidade e onde é consumida em doses consideradas “industriais”. Os empresários da restauração chegam a facturar, nesta altura, quase tanto como no resto do ano.
Curiosamente, porém, no concelho da Figueira e na Freguesia de São Pedro, onde algumas dezenas de pescadores se dedicam à sua captura, que saibamos, não existe nenhum restaurante especializado na confecção deste “petisco”. 
Na região centro, Montemor-o-Velho, aqui mesmo ao lado, e Penacova, por exemplo, valorizam a lampreia. A realização do “festival da lampreia” em Montemor-o-Velho, traz ao Baixo Mondego, normalmente em Março, milhares de visitantes.
A lampreia em Montemor em Penacova, assume-se assim como um importante factor de desenvolvimento da economia local, numa altura do ano em que o turismo se encontra a viver a chamada “época baixa”.
Fica a pergunta: porque é que na Figueira, concelho onde na zona centro é pescada a maior quantidade do tão apreciado ciclóstomo, não se aproveita a sério a lampreia como mais uma arma para combater a sazonalidade turística?
Via Diário as Beiras

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