domingo, 5 de dezembro de 2021

Isto não é política

O presidente do PSD, Rui Rio, afirmou que é "ao centro" que as eleições legislativas se decidem, sublinhando que CDS, Chega e Iniciativa Liberal representam "meia dúzia de votos"
Em Barcelos, no encerramento do congresso dos Autarcas Social-Democratas, Rui Rio explicou que é por isso que tem apostado no "recentramento" do partido. 
"Se nós formos disputar agora o eleitorado do CDS, do Chega e da IL [Iniciativa Liberal], ali estão meia dúzia de votos. Não sei como é que se ganham eleições com aquela meia dúzia de votos, ainda por cima correndo o risco de perder alguma coisa ao centro", afirmou. No entanto, também em Barcelos, Rio disse que será na terça-feira que o PSD decidirá se vai a eleições sozinho ou em coligação. 

A caricatura que Rui Rio fez do governo PS - o maior desde 1976 - obteve agora resposta e promessa do primeiro-ministro: "Uma equipa renovada, mais curta e ágil." 
Costa revelou ontem que chumbo do OE 2022 travou uma remodelação. A remodelação do governo, garante António Costa, estava pensada para depois da aprovação do Orçamento do Estado de 2022, mas o chumbo e a convocação de eleições legislativas antecipadas alteraram os planos. O primeiro-ministro diz que pretendia um governo "renovado", "um novo modelo, mais adequado aos tempos desafiantes que temos pela frente e com competências mais transversais, sendo mais compacto. Era o que tinha pensado fazer imediatamente a seguir ao Orçamento"
Agora, afirma, "não faz sentido fazer isso a dois meses de eleições", mas a intenção mantém-se. António Costa falou aos jornalistas, no encerramento do Congresso da Associação Nacional de Autarcas do PS, no Parque das Nações, em Lisboa, como se já tivesse ganho as eleições ou com a certeza de as ganhar, ao explicar que Francisca Van Dunem, que assumiu, ontem, a pasta da Administração Interna em acumulação com a da Justiça, após a demissão de Eduardo Cabrita, é "uma solução de transição"
"Com facilidade [Francisca Van Dunem] vai assumir a pasta da Administração Interna por um período de quase dois meses até às eleições. Depois disso, teremos um novo modelo de governo, mais curto, mais ágil e adequado aos tempos que estamos a viver." 

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