terça-feira, 9 de novembro de 2021

Rio, Rangel, Francisco e Melo e o que verdadeiramente está em causa: as listas de deputados

A 30 de Janeiro do próximo, portanto, daqui a pouco mais de 2 meses, vamos ter de ir votar para escolher a composição do futuro parlamento.
Daqui a pouco,  os partidos vão ter de "fechar" as listas de candidatos a deputados. 
O PSD e o CDS-PP vivem tempos agitados. E a razão é simples. Nas próximas eleições legislativas, o que está verdadeiramente em causa, para estes dois partidos, resume-se em poucas palavras: a composição das listas a deputados.
No PSD, se for Rio o Presidente, as listas serão compostas por determinados candidatos. Se for Rangel, serão outros os candidatos.
No CDS-PP, idem, idem, aspas, aspas. Se for Francisco, serão uns. Se for Melo, serão outros.

Quem costuma encher a boca com preocupações acerca do "interesse nacional" e o "crescente desprestígio da instituição parlamentar", perante o que se tem vindo a passar nestes dois partidos, se tivesse um pouco de vergonha na cara, deveria enfiar uma rolha.
A miséria deste tipo de exposição da  "vida partidária",  a cegueira acéfala dos aparelhos,  a miséria das "secções",  os "baronetes" "galos" e "galinhos" das "concelhias e distritais", a panóplia dos  "partido-dependentes", ficou à mostra em todo o seu esplendor.
Até agora, onde estão as ideias para substituir a "geringonça"?

Todo este filme de terror que tem sido vivido no interior do PSD e do CDS-PP, se não fosse preocupante por aquilo que revela ao País, seria cómico. É preocupante por colocar a nu o nível de mediocridade atingido pelas nomenclaturas destes partidos. Ganhe quem ganhar a 30 de Janeiro, tanto no PSD como no CDS-PP, o espectáculo vai coninuar a ser deprimente. A luta pelo "sobe e desce" nas listas para deputados vai continuar a estar ao rubro. 
Como é que alguém, atento e com a lucidez intacta, pode olhar para isto com seriedade e dar crédito? 

Salvo honrosas excepções, a generalidade das listas dos partidos, pouco mais merecer que a indiferença dos cidadãos.
O eleitor de 30 de Janeiro de 2022, está apreensivo e desgostoso com a sua vida. Perdeu a esperança e acredita em muito pouca coisa. 
Espera alguma solidez, alguma seriedade, alguma credibilidade dos políticos. Seria um programa mínimo para tempos difíceis. 
A mudança só aconteceria se a direita lhe merecesse confiança e segurança. Como o cenário não é esse, a nãos ser que tudo mude rapidamente, o eleitor vai optar pelo que conhece, apesar de saber que existe pouca solidez, muito espectáculo, muita mentira e pouca verdade.

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