Em Portugal, a classe política é gente à parte e vive entregue a si mesma.
Nas suas conversas e encontros, no isolamento das suas casas luxuosas, nunca ou quase nunca, vive concretamente a vida do cidadão comum, aquele que anda em transportes colectivos, aquele que anda pelo meio da rua, trabalha num local colectivo e frequenta um mercado.
Em Portugal, os melhores entregam-se ao trabalho fora da política. A política tornou-se um misto de palavras, armadilhas, traições e intrigas...
E assim vão ficando os piores - como já estão e a confirmarem-se certas notícia que correm, ainda mais vão ser nos tempos próximos.
«Assim se faz uma estrela!»"O
primeiro passo é fazer qualquer
coisa que chame a atenção da
comunicação social como seja um
aparecimento repentino (para
político até aí cinzento e sem
chama) em “farra” inesperada
com direito a bebedeira pública,
ou assim tornada por vídeos de
amigos, logo seguida de uma
“saída do armário” que é nos
tempos que correm um acto de
coragem, uma espécie de medalha
também.
Depois é esperar que a
imprensa e televisões se
encarreguem da construção da
imagem. O problema começa
quando os comentadores
televisivos (ver o caso do
comentário de Marques Mendes
na SIC) e jornalistas com
curriculum se entusiasmam de tal
modo que se tornam promotores
entusiásticos da promovida figura
até atingirem o irracional e
mesmo o ridículo.
Tudo isto vem a
propósito do editorial de Manuel
Carvalho de dia 2, em que este
jornalista chega a dizer que a
legitimação de Rui Rio no PSD
seria diminuída com uma
previsível ida às urnas no
país face a uma eleição interna no
dito partido!
Só posso interpretar
esta afirmação como uma
tentativa de promoção do dito
político, agora estrela “brilhante”
para a comunicação oficial.
Aproveito para declarar que
nada me liga ao PSD."
José Alberto Tomé, Lisboa, via Jornal Público
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