Tirando a demissão de Mattos Chaves, parece que nem houve eleições autárquicas na Figueira.
Só que as eleições existiram. Com mudanças na Câmara Municipal.
Só que as eleições existiram. Com mudanças na Câmara Municipal.
O PSD levou a maior "sova eleitoral" de sempre. O PS aguentou-se, mas o seu candidato a presidente de câmara foi travado pelo eleitorado. A CDU perdeu votos e mandatos. O BE ficou reduzido a um eleito na Assembleia Municipal, tal foi o esvaziamento. O CDS perdeu votos e continuou a não ter mandatos.
Não se sabe muito bem que contas fazer. Aparentemente, está tudo tranquilo...
O que é preocupante, pois toda a gente sabe que o Movimento liderado pelo novo presidente de Câmara da Figueira da Foz, Dr. Pedro Santana Lopes, é algo de conjuntural...
A política figueirinhas atravessa um momento atípico. Nunca, como nas autárquicas 2021, se discutiu tão pouco a realidade.
Santana vai viver um novo estado de graça oferecido pelos figueirenses.
Estas autárquicas poderiam ter sido o momento para debater a sério e com rigor a Figueira. Falar do problema da demografia, da falta de emprego, dos problemas da educação, da mobilidade, da erosão costeira, da barra e do canal de navegação, da poluição, da falta de crença e da desmotivação de grande parte da população, etc.
Mas não: a crise de valores na política figueirinhas determinou que o tema dominante nas autárquicas 2021 fosse a tentativa de impugnação da candidatura de Santana Lopes.
Passados 9 dias tudo continua tranquilo. Contudo, como não será possível manter este estado de coisas por tempo indeterminado, mais dia menos dia, a realidade vai acabar por voltar à ordem do dia.
O ambiente político na Figueira, tal como uma panela de pressão que não tenha escapatória para a saída do vapor, vai acabar por rebentar.
Vai ser um espectáculo lamentável. Que poderia e deveria ter sido evitado.
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