«Estava previsto que o processo do Cabedelo ficasse concluído antes do fim de setembro.
O ex-presidente da Câmara da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, numa reunião de executivo camarário, afirmou que se a data fosse ultrapassada pela APFF recorreria ao Governo, a fim de ser esclarecido sobre se os imóveis ainda pertencem à administração portuária ou se também foram transferidos para o município no âmbito da delegação de competências que permitiu intervir no Cabedelo.
Entretanto, realizaram-se Eleições Autárquicas e o interlocutor da APFF na câmara municipal passou a ser Pedro Santana Lopes.
A APFF continua a ser proprietária dos imóveis integrados no antigo parque de campismo, ou seja, o edifício principal e os balneários. Esta empresa pública, que também gere o Porto Comercial de Aveiro, detinha, também, os terrenos onde a Câmara da Figueira da Foz procedeu à requalificação urbana, mas foram cedidos ao município no âmbito da delegação de competências.
Para a Câmara da Figueira da Foz poder encerrar o processo de concessões no Cabedelo, o título de propriedade dos imóveis terá de ser transferido para o município. No entanto,
a APPF não deverá abdicar
de contrapartidas.
Para o
edifício principal, onde
funcionaram os serviços
administrativos do antigo parque de campismo e
um espaço de restauração
(concessionado), há diversos interessados, entre os
quais marcas de prestígio
internacional de desportos
de ondas.
Neste momento, a APFF
está a tratar de encontrar
um compromisso legal e
jurídico entre a administração portuária, o Estado
(este, na qualidade de acionista principal da empresa
que gere os dois portos) e
o município. Os restantes
imóveis do Cabedelo, incluindo terrenos, para os
quais também há interessados privados, mantêm-se
com o estatuto de interesse
portuário.
Para estes casos, a APFF
está a fazer uma proposta de ordenamento. Por
outro lado, o património
não pode ser utilizado
sem concurso público. A
solução poderá passar pelo
reordenamento dos lotes
e respetivo regulamento,
para poderem, assim, ser
concessionados pela APFF.
“Acolhemos bem a vontade e o interesse das empresas ligadas [aos deportos
de ondas] interessadas em
localizar-se ali”, afirmou
Fátima Alves.»
Foto António Agostinho |
Nota de rodapé.
Li recentemente no jornal Pùblico, algo sobre um filme, com um argumento parecido: um parque de campismo localizado num lugar de excelência, com décadas a ser usufruído pelo povo, foi encerrado.
Sobre o Cabedelo, muita coisa está por descobrir. Um dia destes saberemos essa verdade escondida em toda a sua plenitude.
Entretanto, o desfrutar tranquilo dum espaço único para se observar “aquele pôr-do-sol” desapareceu do olhar do utente do Parque de Campismo do Cabedelo, que esperava gozar lá a paz da sua reforma.
Ainda quanto ao Cabedelo, repito: estou em crer que muito ainda estará para vir ao conhecimento do povo, apesar de ter acontecido ao executivo que estava a tratar do assunto, o mesmo que fez aos utentes que - segundo eles... - não tinham categoria para usufruir dum espaço nobre: foi para o olho da rua.
Sobre o Cabedelo, muita coisa está por descobrir. Um dia destes saberemos essa verdade escondida em toda a sua plenitude.
Entretanto, o desfrutar tranquilo dum espaço único para se observar “aquele pôr-do-sol” desapareceu do olhar do utente do Parque de Campismo do Cabedelo, que esperava gozar lá a paz da sua reforma.
Ainda quanto ao Cabedelo, repito: estou em crer que muito ainda estará para vir ao conhecimento do povo, apesar de ter acontecido ao executivo que estava a tratar do assunto, o mesmo que fez aos utentes que - segundo eles... - não tinham categoria para usufruir dum espaço nobre: foi para o olho da rua.
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