As eleições autárquicas, deveriam ser a base a partir da qual se constrói uma democracia evoluída.
Os autarcas que estão no exercício do poder local - na Câmara, na assembleia municipal, nas juntas e assembleias de freguesia, deveriam estar na perspectiva de prestação de serviço público e de aproximação das pessoas do poder.
A necessidade da participação de todos na gestão da cidade e na defesa do bem comum, não pode ser apenas uma manifestação de vontade em períodos de campanha eleitoral, mas a normalidade na gestão de um concelho governado em democracia.
Como sabemos, isso na Figueira é uma utopia. E assim vai permanecer.
Todavia, essa postura dos políticos do quero, posso e mando, tem custos para a saúde da democracia e na gestão duma cidade e dum concelho.
Esta dinâmica de atraso democrático na gestão da Figueira, ao longo de décadas, está a conduzir-nos para uma morte lenta: nos últimos 10 anos, a Figueira, um concelho do litoral, perdeu mais de 5 000 habitantes!
Todavia, essa postura dos políticos do quero, posso e mando, tem custos para a saúde da democracia e na gestão duma cidade e dum concelho.
Esta dinâmica de atraso democrático na gestão da Figueira, ao longo de décadas, está a conduzir-nos para uma morte lenta: nos últimos 10 anos, a Figueira, um concelho do litoral, perdeu mais de 5 000 habitantes!
Alguém acredita que uma cidade e um concelho, sem garantia de emprego de qualidade, sem economia, sem vida, tem poder para atrair as novas gerações?
A nossa linda e querida Figueira, é uma cidade em processo de despovoamento e sem dinâmica, o que deveria ser factor preocupante para qualquer político que queira ascender ao poder para dar a volta a isto.
Há mais de 4 décadas, lembro-me bem, a baixa da Figueira, agora uma zona da cidade que está a morrer um pouco todos os dias, fervilhava de pessoas, de comércio e de serviços.
O Mercado Municipal, tinha uma vida animada e pujante. A Praia da Sardinha, frente ao Jardim Municipal, na beira rio, era uma animação. A chamada Praça Velha era o centro da cidade. Toda a zona ribeirinha entre o Mercado e a estação do caminho de ferro tinha gente, comércio, serviços e vida.
A Figueira mudou. Se calhar não era evitável.
Todavia, a falta de medidas para a reabilitação das casas antigas e as obras mal planeadas, mal feitas e inadequadas, por exemplo, não terão dado um contributo importante para o estado a que a baixa ribeirinha - o chamado "casco velho" - chegou?
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