segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Alguém deveria ter prevenido o Dr. Pedro Machado disto: a atracção fatal do PSD Figueira pela derrota já vem de longe...


José Elísio, candidato único, tinha acabado de ser reeleito para o terceiro mandato seguido de 2 anos, à frente dos destinos da concelhia do PSD/Figueira.
Pois, foi precisamente nesse final do ano de 2005, que "insatisfeitos com a orientação da concelhia do PSD e preocupados com a estratégia do partido para futuras eleições", alguns militantes do PSD decidiram juntar-se num primeiro encontro para analisar a situação e acautelar o futuro do partido.
Entre os presentes, destacavam-se Joaquim de Sousa, Lídio Lopes, Daniel santos, David Azenha, Gil Ferreira, Albano Lé, Azenha Gomes, entre outros "ilustres" militantes sociais democratas figueirenses. Nessa reunião, registou-se a ausência de Pereira da Costa, que também fazia parte do grupo...
O porta voz foi Lídio Lopes, que na altura manifestou aos jornalistas "as preocupações associadas às dificuldades que o concelho atravessava" (recorde-se que em 2009, a Figueira estava na ressaca do ciclo PSD - mandato de Santana Lopes, a que se seguiu Duarte Silva...) e a "necessidade de inverter a situação"...

Ao olhar para o passado dos últimos 16 anos, é lícita a constatação.
Quem, ao longo dos anos, tem acompanhado os processos eleitorais na Figueira, sabe que o PSD tem uma capacidade, que mais ninguém possui, para lutar pela derrota nas eleições autárquicas.
Neste momento, (até porque há quem considere que foram as divisões internas vividas pelo PSD/Figueira, em 2009, mas que já vinham de trás, que permitiram a vitória a João Ataíde) a incógnita é: será que as feridas então abertas vão conseguir ser saradas em tempo útil?
Se este ciclo estivesse fechado - a expressão "fim de ciclo" tem méritos... - isso significaria que o trauma dentro do PSD/Figueira,  que vem desde 2009,  estaria amansado.
Em 2021 - o Dr. Pedro Machado, se desconhece isto, não deveria desconhecer - sabemos o resto da história do PSD/Figueira. 
Desde 2009, até aos dias de hoje, o PSD foi varrido do poder e as divisões e convulsões internas continuam a fazer caminho.   
Portanto, dado que em 2021 o PSD/Figueira não fechou este ciclo, Carlos Monteiro e Santana Lopes, podem dormir descansados.
Entre muitas razões, aponto uma: os militantes do PSD Figueira. E, imaginem, apenas, pelo prazer de saborearem, num futuro próximo, pequenas vinganças internas. 
Lembro 2009. Lembro 2013. Lembro 2017. E haveremos de lembrar, pelas mesmas razões, 2021.
Os punhais,  demoradamente preparados, continuam afiados e prontos a ser esgrimidos nos joguetes caseiros em exibição...
Depois de 26 de Setembro, veremos...

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