O responsável por este espaço não é especialista em análise política, nem é fulano "batido" nestas andanças eleitoralistas - o que até pode não ser uma desvantagem. Confesso-me, até, algo ingénuo. Contudo, prefiro correr o risco de parecer ridículo a deixar-me ridicularizar.
É da natureza humana temer o desconhecido. É da natureza de uma certa camada elitista figueirense ter medo do futuro, do progresso, da mudança, do que não controla. Vem do passado essa mentalidade e esse medo pela novidade. Numa Figueira perfeita, democrática ou não, uma casta superior, determinaria o que interessa ao povo e seleccionaria o que deveria ser possível discutir pela classe baixa - a que pertenço.
Numa Figueira perfeita, uma dúzia controlaria tudo. Numa Figueira perfeita seriam importantes certos apoios. Mas, como a Figueira, felizmente, não é perfeita, e a blogosfera, em particular, ainda é menos perfeita, isso é um assunto irrelevante.
Imagem via Diário as Beiras |
Não é uma ameaça à democracia nem a nada, a não ser à tal Figueira perfeita que alguns iluminados desejariam para as suas vidas e para o ecossistema que os alimentam e de que se alimentam.
Sobre o apoio do cidadão Carlos Tenreiro à candidatura que escolheu, nada tenho a ver com isso. Considero até positivo. Em declarações publicadas na edição de hoje do Diário as Beiras destaco: "obviamente que (Santana Lopes) conta com o meu apoio, como, aliás, noutras alturas sempre contei com o seu apoio." O que é verdade. Sobre isso apenas sublinho que a gratidão, em políticia, não é coisa pouca.
Tive oportunidade de constatar que, como vereador (o Dr. Carlos Tenreiro foi cabeça de lista do PSD à câmara, em 2017, e à Junta de Buarcos e São Julião, nas eleições autárquicas de 2013), ao longo destes últimos tempos, não gostou do que escrevi sobre o seu desempenho político enquanto autarca. O que achei natural... Esteve no seu pleno direito.
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