A Figueira tem tido vários azares. Tínhamos o Cabedelo de “mar sossegado e azul”, alternativa à marginal figueirense “vaidosa e barulhenta”. Deram cabo dele. E como somos particularmente criativos na arte da sinonímia, chamam ao desastre ambiental que lá estão a implantar a “trouxe-mouxe”, “regeneração”. Poderiam chamar “destruição”, ”demolição”, “reestruturação”, “reformulação” ou, se quiserem, “refundação”, mas nunca “regeneração”. Por uma razão muito simples: regenerar é dar vida. O que estão a fazer ao Cabedelo é matá-lo.
No fundo, no fundo, cá pela Figueira, somos é especialmente férteis nos
meandros do eufemismo...
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