Afonso Camões, via Diário de Notícias:
"Portugal tem hoje os mesmos quilómetros de caminhos-de-ferro que em 1893. Crescemos em autoestradas o que perdemos na ferrovia. Temos 1,17 quilómetros de autoestradas por cada quilómetro de linha férrea, mas estamos a 2 mil quilómetros dos nossos principais mercados e não há uma tonelada de mercadorias exportadas via terrestre que vá de comboio para lá da fronteira. Vai e vem tudo de camião e não há conversa sobre competitividade que convença o pagode.
É este quadro que o ministro Pedro Nuno Santos quer inverter, para "corrigir o erro histórico" que tem condenado ao desprezo o meio de transporte mais amigo do ambiente. No momento em que a União Europeia aponta metas que preveem triplicar o número de passageiros em comboio de alta velocidade e duplicar o tráfego ferroviário de mercadorias até 2050, o novo Plano Ferroviário Nacional, lançado há uma semana e em discussão pública por mais um ano, volta a anunciar a alta velocidade Lisboa-Porto e dá agora prioridade ao seu prolongamento até Vigo, em vez de Madrid.
A ambição de Pedro Nuno é pôr o caminho-de-ferro na base da mobilidade dos portugueses. Daí o objetivo de levar comboios a portos e aeroportos, ligar todas as capitais de distrito e ainda a um conjunto de cidades com mais de 20 mil habitantes, sem descurar as ligações a Espanha e ao centro e norte da Europa. Anotamos o compromisso."
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