Como é sabido, apesar da relativa proximidade dos aeroportos de Lisboa e Porto, a capacidade aeroportuária de Portugal está próxima do esgotamento.
A Região Centro (especialmente o grande pólo turístico balnear que é a Figueira da Foz, Coimbra, com uma grande universidade, património classificado pela UNESCO e empresas tecnológicas muito competitivas – e Fátima, com o turismo religioso) tem um potencial enorme para atrair tráfego que mais nenhuma região do país oferece.
Portanto, um aeroporto além de ser uma prioridade é, sobretudo, uma
questão de justiça e premência para o desenvolvimento do centro de Portugal.
O Governo tem estado atento à situação. Além da abertura da base aérea de
Monte Real à aviação civil estar para "breve", vai ser também construído o aeroporto internacional defendido, em 2017, por Manuel Machado, enquanto recandidato à Câmara de
Coimbra pelo PS.
Este segundo aeroporto deverá ser implantado a sul de Coimbra, já nos concelhos de Condeixa e Soure. Isto vem ao encontro de notícias publicadas já em 15 de Janeiro de 2020, que apontavam para o estudo, por parte do Governo, de "uma solução viável para a implementação de um aeroporto na região Centro".
Afirmou-se, em 2017, na campanha eleitoral autárquica, que os aviões comerciais de médio porte só podem aterrar em pistas com mais de 2500 metros. Não é verdade: no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, por exemplo, a pista maior tem 1323 metros e isso não impede o aeroporto de movimentar 9 milhões de passageiros por ano. A partir dos 1500 metros, os aviões a jacto típicos dos voos “charter” e das companhias “low cost” – os Boeing 737 e os Airbus 319 – aterram e descolam sem problemas. E com 1800 metros trabalham em condições ótimas.
Qualquer piloto de linha aérea pode explicar isso.
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