Via Diário as Beiras: «os números de casos positivos registados por quinzena no concelho apurados pelo delegado de saúde e publicados pela autarquia não batem certo com aqueles que são avançados pela Direção Geral da Saúde (DGS).
Se a decisão de impedir ou permitir que o concelho avance para o próximo nível do desconfinamento, no dia 19, se basear nas contas da autoridade nacional de saúde, a Figueira da Foz poderá ficar onde está, ou seja, na segunda fase do plano anunciado pelo Governo.
A Câmara da Figueira da Foz quer ver esclarecida a discrepância existente entre os números da DGS e da delegação de saúde sobre os casos positivos acumulados durante 14 dias, o que permite aferir a taxa de incidência por 100 mil habitantes. Para o efeito, enviou um pedido de esclarecimento, via Direção Regional de Saúde do Centro, mas ainda não obteve resposta.
Os boletins da DGS colocam o concelho entre os municípios com mais de 120 casos por 100 mil habitantes, acima dos dados apurados localmente.
Numa cidade turística, se o concelho não avançar para a próxima fase do desconfinamento, poderá comprometer a reabertura dos restaurantes e similares.
Em declarações ao Diário as Beiras, o delegado de saúde, José Farias, afirmou que “a
situação epidemiológica do
concelho não é, de todo, alarmante”. Questionado sobre a
diferença de números, aquele
responsável preferiu não comentar, afiançando, contudo,
que se limita a enviar os dados
que são apurados no concelho.
O boletim de ontem, sem novas
infeções reportadas, dava conta
de um total de 116 casos ativos.
Nota enviada pela autarquia
ao DIÁRIO AS BEIRAS refere que,
de 29 de março a 11 de abril, o
município teve um total de 70
novos casos reportados de covid-19, o que perfaz uma média
diária de cinco novos casos.
“A
incidência acumulada nestes
14 dias foi de 119 casos por 100
mil habitantes, de acordo com
os dados que nos foram remetidos”, ressalva a nota.
O apuramento de casos por
100 mil habitantes pode estar
a ser erradamente calculado
devido ao quadro demográfico
utilizado. De acordo com a base
de dados Portada, em 2018, o
concelho tinha 59130 habitantes, enquanto os Censos 2011
apontam para os 62125 e a DGS
para os 58747.
Com base naqueles números,
na referida quinzena, a Pordata
contabilizaria 118,38 casos acumulados, os Censos 112,68 e a
DGS 119,16.
Em todos os casos,
abaixo da linha vermelha dos
120 por 100 mil habitantes.»
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