terça-feira, 13 de abril de 2021

Covid-19: Câmara Municipal da Figueira da Foz, pede explicações à DGS sobre número de casos positivos...

Via Diário as Beiras: «os números de casos positivos registados por quinzena no concelho apurados pelo delegado de saúde e publicados pela autarquia não batem certo com aqueles que são avançados pela Direção Geral da Saúde (DGS). 
Se a decisão de impedir ou permitir que o concelho avance para o próximo nível do desconfinamento, no dia 19, se basear nas contas da autoridade nacional de saúde, a Figueira da Foz poderá ficar onde está, ou seja, na segunda fase do plano anunciado pelo Governo. 
A Câmara da Figueira da Foz quer ver esclarecida a discrepância existente entre os números da DGS e da delegação de saúde sobre os casos positivos acumulados durante 14 dias, o que permite aferir a taxa de incidência por 100 mil habitantes. Para o efeito, enviou um pedido de esclarecimento, via Direção Regional de Saúde do Centro, mas ainda não obteve resposta. 
Os boletins da DGS colocam o concelho entre os municípios com mais de 120 casos por 100 mil habitantes, acima dos dados apurados localmente. 
Numa cidade turística, se o concelho não avançar para a próxima fase do desconfinamento, poderá comprometer a reabertura dos restaurantes e similares. 
Em declarações ao Diário as Beiras, o delegado de saúde, José Farias, afirmou que “a situação epidemiológica do concelho não é, de todo, alarmante”. Questionado sobre a diferença de números, aquele responsável preferiu não comentar, afiançando, contudo, que se limita a enviar os dados que são apurados no concelho. O boletim de ontem, sem novas infeções reportadas, dava conta de um total de 116 casos ativos. 
Nota enviada pela autarquia ao DIÁRIO AS BEIRAS refere que, de 29 de março a 11 de abril, o município teve um total de 70 novos casos reportados de covid-19, o que perfaz uma média diária de cinco novos casos. 
“A incidência acumulada nestes 14 dias foi de 119 casos por 100 mil habitantes, de acordo com os dados que nos foram remetidos”, ressalva a nota. 
O apuramento de casos por 100 mil habitantes pode estar a ser erradamente calculado devido ao quadro demográfico utilizado. De acordo com a base de dados Portada, em 2018, o concelho tinha 59130 habitantes, enquanto os Censos 2011 apontam para os 62125 e a DGS para os 58747. Com base naqueles números, na referida quinzena, a Pordata contabilizaria 118,38 casos acumulados, os Censos 112,68 e a DGS 119,16. 
Em todos os casos, abaixo da linha vermelha dos 120 por 100 mil habitantes.»

Sem comentários:

Enviar um comentário

Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.