Coisa grave e solene, portanto. Quanto ao seu conteúdo: é este:
Fala da obra (obras).
Sobre isso, há neste OUTRA MARGEM muita coisa escrita ao longo do tempo - e no tempo certo -, que pode ser consultada por quem o quiser.
Não referiu, por exemplo, as bolsas de pobreza, o analfabetismo, o desemprego, a iliteracia, os centros de saúde com dificuldades de funcionamento ou fechados, das dificuldades no sector da educação, da falta de transportes públicos, habitação social, o excesso de areia, a norte, e a erosão costeira, a sul, o preço, a gestão e a possibilidade (ou não) de resgatar a concessão da água, a recolha do lixo, etc.
Nada de novo, portanto: o teor da CARTA ABERTA subscrita por estas 30 personalidades figueirenses resume, da forma que dá jeito a quem a publicação desta missiva interessa, o que está mal nesta cidade: a obra (as obras).
Fala de obra(s). Sabem porquê? Porque isso, em termos eleitorais é o que fica e o que conta. A obra (obras), faz ganhar eleições. A falta de obra (obras concluídas), pode fazer perder eleições.
O miolo desta carta não coloca em causa o betão, a obra (as obras) pela obra, o cimento sobre a pessoa humana.
Os 30 magníficos figueirenses (melhor, talvez, os 2 ou 3 mentores da CARTA ABRTA) sabem que é com obra (obras), que se ganham ou perdem eleições.
O que deveria estar em causa - e isso teve um tempo certo para acontecer - é se todas estas obras são úteis (ou inúteis...) para o futuro da Figueira e do concelho.
Só gente sem perspectiva política e de capacidade de gestão de um concelho, conseguiu achar que a Figueira precisava de tanto cimento nas ruas, só para poder apresentar esta obra (obras a esmo e sem utilidade para os figueirenses).
Possivelmente sem o querer, este fim de semana, esta CARTA ABERTA prestou um prestimoso serviço à democracia e ao concelho. Explicou cabalmente porque é que o actual sistema não consegue resolver os problemas das pessoas.
O interesse, neste momento, é sacudir os do PS do poder. Em 2009, o interesse foi sacudir o PSD.
Convinha, de uma vez por todas, perceber o porquê desta percepção, que é real.
Não o perceber é arriscarmo-nos, uma e outra vez, a repetir do pior da história dos últimos 40 anos na Figueira...
Completamente de acordo com a sua opiniao que é a minha
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