quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

A realidade é indesmentível e fala por si: a Figueira precisa de uma alternativa autárquica

Imagem via Diário de Coimbra

Com os resultados obtidos no concelho da Figueira por Ventura, no domingo passado, não me admira que ande por aí pessoal do Chega a sonhar com um lugar na vereação, a seguir às próximas eleições autárquicas. 
Porém, muito dificilmente os resultados eleitorais das presidenciais permitem fundamentar e alimentar ambições  para as próximas eleições autárquicas. Para os Chegas e para os outros.
Neste momento, na Figueira as incertezas continuam a ser a realidade. 
O pessoal do PS que ficou fortemente perturbado com o resultado do Chega pode, por aí, ficar descansado.
O PS, como sabemos, não apresentou candidato nas últimas presidenciais.
A candidatura de Ana Gomes não uniu os eleitores do seu partido, nem ao nível nacional, nem ao nível local. 

Quanto às autárquicas de Outubro próximo.
A meu ver, para bem da Figueira e do concelho, Carlos Monteiro, que ascendeu a presidente por sucessão, não tem condições para a ganhar as autárquicas de Outubro próximo. O "senhor presidente por sucessão", se assim acontecer, nunca será um "presidente eleito".
Apesar de na Figueira, desde há muitos anos, só dois partidos elegerem vereadores (houve em 2009 o fogacho 100%...), algo poderá mudar.
Aliás, Carlos Monteiro e a equipa de vereadores que herdou, mostram já manifesta e precocemente sinais que andam nervosos e irritadiços. Quem estiver atento aos sinais, nota que andam preocupados. 
E têm razões para isso. Carlos Monteiro é um fraco candidato: foge às questões concretas e às responsabilidades políticas. Perante a realidade,  apresenta argumentos fora do contexto e algo delirantes, como se pode ver pelas respostas hoje publicadas no Diário as Beiras e no Diário de Coimbra, quando confrontado com o atraso das obras em curso no concelho, promovidas pela Câmara Municipal, cujo executivo integra há quase 12 anos: primeiro, como vereador; e, desde Abril de 2019, como presidente.
 
Andam em campanha há meses.  
Todavia, isso de pouco lhes poderá valer. 
A perspectiva de uma vitória está a esvair-se à medida que o tempo passa.
E não irá acontecer pelos resultados obtidos nas últimas eleições presidencias  pelo PS, pelo PSD, pelo Chega, pelo BE ou pela CDU...
Passará, inevitavelmente, pelo surgir de uma alternativa competente e credível nas próximas eleições autárquicas. 
As condições políticas para que isso aconteça estão criadas: basta passar pelos locais onde este executivo camarário está a "obrar"
A realidade do que está acontecer nesses locais, desmente a ficção de quaisquer manobras de diversão ou desculpas.

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