Quem tem idade para ter vivido o chamado PREC, sabe que as hoje denominadas "Fake News", tiveram um tio velhinho que se chama "boato".
Não sei a origem das "Fake News", de agora, como também nunca consegui saber onde nasciam os "boatos" do tempo do PREC.
No tempo do PREC, a rua era um espaço decisivo e interessante, ocupado pelos chamados “activistas”, que mostravam a cara. Na época, o sectarismo político dominava. À esquerda, ao centro e à direita.
Não sei a origem das "Fake News", de agora, como também nunca consegui saber onde nasciam os "boatos" do tempo do PREC.
No tempo do PREC, a rua era um espaço decisivo e interessante, ocupado pelos chamados “activistas”, que mostravam a cara. Na época, o sectarismo político dominava. À esquerda, ao centro e à direita.
Em 2021, como sempre aconteceu, o controlo do espaço político passa pelo domínio da narrativa. No momento, temos o exemplo do Chega.
Esse, é um perigo que não pode ser menosprezado.
Contudo, uma coisa é quem anda por aqui como no tempo do PREC - a dar a cara. Outra coisa, são os perfis falsos e os anónimos.
Não partilho, porém, a visão diabolizante das redes sociais e dos fenómenos daí emergentes. Isso, seria ir na linha da tentação censória do discurso dominante, das elites instaladas, que continuam a controlar os conteúdos dos media tradicionais: jornais, rádios e televisões.
Contudo, uma coisa é quem anda por aqui como no tempo do PREC - a dar a cara. Outra coisa, são os perfis falsos e os anónimos.
Não partilho, porém, a visão diabolizante das redes sociais e dos fenómenos daí emergentes. Isso, seria ir na linha da tentação censória do discurso dominante, das elites instaladas, que continuam a controlar os conteúdos dos media tradicionais: jornais, rádios e televisões.
"Fake News" sempre existiram e sempre existirão. As fronteiras da propaganda com o exagero ou a mentira, sempre foram ténues e difusas – a propaganda é uma arma de guerra, que sempre foi utilizada na disputa política.
O actual incómodo com as "Fake News" está, digamos assim, na sua democratização e na perda do seu controlo pelas elites políticas e outras: as redes sociais permitem a facilidade de auto-edição.
Cada um de nós, sem filtros externos, pode ser um agente criador ou disseminador de aldrabices ou, pior ainda, de meias-verdades. Mas, isso, quer se goste quer não, corresponde a liberdade.
Cada um de nós, sem filtros externos, pode ser um agente criador ou disseminador de aldrabices ou, pior ainda, de meias-verdades. Mas, isso, quer se goste quer não, corresponde a liberdade.
À liberdade de, por exemplo, dando a cara e de forma responsável, através dum blogue como OUTRA MARGEM confrontar os poderes instituídos (onde se inclui o jornalismo) com interpretações alternativas aos factos em discussão.
Estou nas redes sociais, em 2021, como estive activo no PREC: mostrando a cara e abominando o boato, o anonimato e os perfis falsos.
Contudo, a última coisa que devemos recear é a liberdade.
Só com a liberdade, o equilíbrio encontrará o seu caminho para separar o trigo do joio.
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