Não teve visão estratégica. Não conseguiu antecipar cenários.
E sem um pingo de vergonha na cara, nem um cheiro de autocrítica, ainda não saiu daqui!
Via Diário de Coimbra:
"O Secretariado da Concelhia da Figueira da Foz do Partido Socialista considera «irresponsável» a renúncia aos mandatos dos membros da Assembleia de Freguesia de Quiaios do PSD e CDU, situação que vai originar a realização de eleições antecipadas, que deverão decorrer no primeiro trimestre de 2021."
A política, tal como a vida, é significado. É valores. É desejo. É ética.
Para um político, viver é estar continuamente motivado.
O significado da vida não é simplesmente existir, sobreviver, mais sim crescer, alcançar e conquistar.
A vida política na Figueira devia ser mais que este eterno cansaço e esta esperteza rasteirinha do PS local.
O PS, ao referir-se a este caso de Quiaios, esconde metade do que pensa na metade que é visível. Não é claro, não é sincero, não é frontal.
O argumento que exbe, esconde uma agenda própria.
É por isso que, quando confrontado com a questão, tem dificuldades e opta por se esquivar do essencial.
Recorde-se: todos sabemos o que se passou em Quiaios.
A presidente de Quiaios, Fernanda Lorigo, foi destituída pelo Tribunal.
Nem sequer está em causa se as acusações e suspeitas são ou não são verdadeiras, estão ou não provadas, nem esquecer a presunção da inocência.
O Tribunal julgou e aplicou a pena. Ponto final.
O que interessa, neste momento, é que o Tribunal condenou comportamentos eticamente inaceitáveis. Neste caso houve condenação. Logo, a meu ver, o PS foi atingido, pois tem responsabilidades. Os partidos políticos individual e colectivamente têm responsabilidade naquilo que de ilegal fazem alguns dos seus altos dirigentes, em particular nos crimes que envolvem o exercício do poder, ou a influência adquirida pelo poder.
Em Quiaios, assistimos ao funcionamento da justiça, embora lento. Foram os tribunais, no fundo o sistema de justiça, que apeou o executivo PS do poder.
O PS Figueira, a seguir, transformou um caso de Justiça num caso de política.
Neste momento, a freguesia de Quiaios ficou sem o presidente da junta em funções, após a renúncia ao mandato dos eleitos da oposição (PSD e CDU) na Assembleia de Freguesia.
Existe uma comissão administrativa provisória, até o Governo indicar uma comissão que fará a gestão corrente da autarquia até à realização de eleições intercalares.
A demissão colectiva dos eleitos do PSD e CDU aconteceu na sequência da perda de mandato, imposta em setembro pelo tribunal, da presidente e do secretário da junta.
Um problema que apenas teve a ver com a Justiça, prolongou-se no tempo e transformou-se num problema político, dada a insistência do PS em tentar formar novo executivo.
PSD e CDU, em maioria na Assembleia de Freguesia, fizeram o que tinham que fazer.
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