Carlos Pereira Mano, foi um Homem do Povo, humilde, mas que muito deu ao desporto da Cova Gala.
Como reza a história do Grupo Desportivo Cova-Gala, foi um dos fundadores que, desde o início da fundação do Clube, se entregou de corpo e alma ao estímulo pela prática do bom futebol, como desporto para crianças. Quando com ele falávamos, o sentimento desses dias de alegrias e tristezas enchiam-lhe a boca com memórias de boas recordações.
“Os meus ricos meninos” – dizia ele com saudade, enquanto tentava visualizar em pensamento um a um.
“Sempre me obedeciam! Eram meigos e faziam tudo que lhes pedia. Gostava muito deles. Até mesmo os mais velhinhos, os seniores, gostavam muito de mim. Mas não admira pois eu também lhes fazia todas as vontades. Tratava-lhes da roupa, das botas, dos equipamentos, enfim, de tudo! Depois havia o resto do pessoal. Tínhamos um bom grupo na Direcção pronto para trabalhar, apesar das dificuldades nesse tempo serem muitas. Hoje em dia têm tudo, nada lhes falta, mas mesmo assim parecem insaciáveis. Querem mais e mais e do bom! Nesse tempo, até com bolas todas estafadas e com a câmara de ar à vista a sair pelos gomos ainda se treinava. Mas deixa lá, os nossos meninos merecem tudo…”
Como escreveu um dia o Pedro Agostinho Cruz, “sintam, amem o jogo como o nosso “Lhitas” ama o Cova-Gala.”
Lamentavelmente, como tanto desejava, Carlos Lhitas morreu e não chegou ver o Campo do Cabedelo modernizado com o relvado sintético.
Conheci o Ti Carlos antes de haver o Grupo Desportivo, quando os "rapazes" daí iam jogar nas Acacias por não terem campo.
ResponderEliminarA ida até às Acacias era de motorizada e bicicleta, quem podia dava boleia e o caminho era pela mata onde hoje estâ a rua principal da ZI.
O Ti Carlos sempre foi um cavalheiro e pronto a ajudar.
Paz à sua alma e as minhas condolências aos familiares.