André Ventura sobre Biden: "Temo que tenha vencido a voz das minorias que preferem viver à custa do trabalho dos outros".
Para os simples e ingénuos, como eu, é sempre surpresa ver pulhas com protagonismo social e poder político. O pulha é pulha porque se sente impune.
Pode ser este Trump com uma espantosa carreira de vigarices, um autarca local, um anónimo qualquer a mandar lixo para uma caixa de comentários.
O pulha só respeita uma lei: a do vale tudo. Pelos vistos, a prática dessa anomia vai trilhando caminho, não só nos Estados Unidos e na Europa, mas também em Portugal.
A pulhice é um factor que explica maioritariamente o que vemos acontecer no que se chama “fazer política”.
Quem faz acordos políticos com um partido dirigido por uma pessoa que se mostra sósia de Trump, disponível e interessada em violar direitos de outras pessoas e em transformar Portugal num espaço selvagem e de uma desumanização cada vez maior e mais perigosa, não tem atenuantes.
Cito Ana Sá Lopes: "O PSD tem um aliado novo, o Chega.
Esta vai ser a linha de argumentação do PSD e da direita em geral para acolher o Chega – tornar equivalentes dois partidos que não põem em causa a Constituição com o partido de Ventura.
Depois de André Ventura ter anunciado que existia um acordo entre o seu partido e o PSD para viabilizar um governo dos Açores liderado por José Manuel Bolieiro, Rui Rio ficou num silêncio pesado. Rui Rio e Bolieiro acharam que não havia nada a declarar. É possível que seja o silêncio dos envergonhados. Deve existir ainda uma réstia de social-democracia na São Caetano à Lapa e em Ponta Delgada que os impede de assumirem publicamente que se associaram ao Chega e vão diminuir o rendimento social de inserção nos Açores, a região onde o risco de pobreza é maior no país. Para quem sempre se afirmou um social-democrata, é mais um prego no caixão ideológico.
Não podemos dizer é que não sabíamos. Rui Rio disse ao que vinha. Em entrevista à RTP, no dia 29 de Julho, admitiu acordos com o Chega – o entendimento nos Açores acaba por ser uma consequência lógica desse abrir de portas. À luz dos recentes acontecimentos, tudo ainda é mais claro. Mas é verdade que no Verão Rui Rio achava que o Chega era um partido “em muitos casos de extrema-direita, muito longe” dele que estava “ao centro”. E também que “se o Chega continuar numa linha de demagogia, de populismo, da forma como tem ido” haveria “um problema, porque aí não é possível um entendimento com o PSD”.
Afinal, três meses e meio depois, é possível.."
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