A recém-eleita direcção da Concelhia da Figueira da Foz do PSD, liderada por Gonçalo Raposeiro Faria, nesta notícia veiculada pelo Diário as Beiras, não apresenta uma ideia ou medida política para ultrapassar as dificuldades existentes no concelho: limita-se a reclamar mais lugares para os jovens social-democratas nas listas que o PSD apresentará às Eleições Autárquicas, em 2021.
É isto que preocupa os jotas dos partidos do «arco do poder»: a conquista dos lugares.
Todos sabemos que o que dita leis nos partidos figueirenses é a defesa fanática dos interesses (e ambições pessoais dos dirigentes locais) do partido.
Pertencer a uma jota partidária, hoje, a meu ver, é um dos piores indícios curriculares para quem se queira abalançar numa carreira política.
Ou melhor: deveria ser. Porém, não é. Para os partidos, não é. Afinal os jotas são a matilha que há-de continuar a comer o rebanho dos eleitores nas gerações próximas.
A formação que o jota, em regra, «bebe» da sua organização partidária, baseia-se no carreirismo assente numa estranha ideia de políticos profissionais.
A «formação» começa com o confronto imediato com a trapaça eleitoral e com o espírito mercantilista ao serviço das vaidades e ambição mesquinhas de cada um.
A racionalidade, o altruísmo, a missão de servir e não servir-se, o sentido de cidadania dos políticos, que tanta falta faz à Figueira, é um bem cada vez mais escasso na política local e nacional.
O importante é a satisfação da vacuidade pessoal e a conquista do lugar que dá acesso ao objectivo principal: o tacho.
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