"A rua 5 de Outubro em Buarcos deveria ser a via mais elegante, bonita e funcional da cidade. Tem a melhor vista para o mar e a praia. Surge de um longo diálogo histórico entre a proteção da terra perante as investidas do mar. Ou seja, aquela zona social de Buarcos tem todas as condições para singrar e fazer nome na costa Atlântica portuguesa. Contudo, a realidade e a “vivência do espaço urbano” ficam muito aquém das expetativas. Porquê? Simplesmente o desenho da via, a forma como se lida com a presença dos carros é incompetente. Entre o estacionamento ilegal e a circulação indevida, os carros manifestamente degradam o espaço.
A Câmara Municipal tem responsabilidade neste estado de coisas. Há muita inércia no controlo do tráfego, poucas medidas (ou nenhumas) eficazes na sua regulação. Há vários exemplos de centros históricos em que se retirou espaço ao automóvel, e se devolveu as ruas às pessoas com espaços pedonais agradáveis de grande qualidade urbanística, e onde o comércio local prospera.
Como já escrevi nesta coluna deveríamos aproveita a pandemia em curso – COVID19 – para fazer alterações profundas, dando mais espaço à proteção da saúde comunitária e a um ambiente despoluído. Mas, não é isso que está a acontecer, há uma excessiva tolerância com os velhos hábitos onde “estacionar” é encarado como um direito inalienável. Necessitamos de retirar espaço ao automóvel, “obrigar” as pessoas a andar mais a pé e de bicicleta, criando hábitos saudáveis.
Sim à intervenção da Câmara Municipal neste espaço e ao diálogo com comerciantes, residentes, envolvendo-os num trabalho árduo de retirada do carro do centro da mobilidade, criando novas acessibilidades e transformando o espaço público. A proibição de circulação de veículos automóveis na 5 de outubro em Buarcos é possível e desejável se for acompanhada de um trabalho de melhoria de acessibilidade para quem aí vive, habita e visita a zona."
Via Diário as Beiras
A Câmara Municipal tem responsabilidade neste estado de coisas. Há muita inércia no controlo do tráfego, poucas medidas (ou nenhumas) eficazes na sua regulação. Há vários exemplos de centros históricos em que se retirou espaço ao automóvel, e se devolveu as ruas às pessoas com espaços pedonais agradáveis de grande qualidade urbanística, e onde o comércio local prospera.
Como já escrevi nesta coluna deveríamos aproveita a pandemia em curso – COVID19 – para fazer alterações profundas, dando mais espaço à proteção da saúde comunitária e a um ambiente despoluído. Mas, não é isso que está a acontecer, há uma excessiva tolerância com os velhos hábitos onde “estacionar” é encarado como um direito inalienável. Necessitamos de retirar espaço ao automóvel, “obrigar” as pessoas a andar mais a pé e de bicicleta, criando hábitos saudáveis.
Sim à intervenção da Câmara Municipal neste espaço e ao diálogo com comerciantes, residentes, envolvendo-os num trabalho árduo de retirada do carro do centro da mobilidade, criando novas acessibilidades e transformando o espaço público. A proibição de circulação de veículos automóveis na 5 de outubro em Buarcos é possível e desejável se for acompanhada de um trabalho de melhoria de acessibilidade para quem aí vive, habita e visita a zona."
Via Diário as Beiras
A falta de regulamentação e organização do trânsito em Buarcos na época estival é um cancro que não desaparecerá, essencialmente porque o dogma Figueirense no que diz respeito ao turismo é...quanto mais gente, melhor.
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