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"Neste ano de 2020 celebram-se os 25 anos da criação do Centro de Estudos do Mar e das Navegações Luís de Albuquerque (CEMAR), a associação científica privada sem fins lucrativos, com estatuto de utilidade pública, e com sede na cidade da Figueira da Foz do Mondego, dedicada ao Património Cultural e Histórico Marítimo -- de Portugal em geral, e, mais particularmente, das regiões da Beira Litoral e da Foz do Mondego (as regiões que, historicamente, nos fins da Idade Média e na "Época dos Descobrimentos", foram o Ducado de Coimbra, do Infante Dom Pedro e do seu neto "Príncipe Perfeito" Rei Dom João II, também ele Senhor de Buarcos, como o avô)
Mas aquilo que agora se celebra significa, de facto, não somente 25 anos de realizações (publicações de livros, eventos, criações de instalações museológicas e expositivas, etc., sempre sem fins lucrativos ou funções remuneradas) realizações cuja qualidade está, e sempre esteve, à vista de toda a gente, mas também 25 anos de dificuldades, de torpedeamentos insidiosos, de perseguições e silenciamentos censórios destinados a tentar impedir esta associação científica de existir e de desenvolver as suas actividades culturais e desinteressadas nestas regiões da Beira Litoral... Nestas regiões dos arredores de Coimbra... Impedi-la de realizar projectos como o da Casa-Museu Infante Dom Pedro em Montemor-o-Velho (feita desaparecer em 2005), os das múltiplas iniciativas culturais e museológicas em defesa da Cultura Popular Marítima dos Pescadores a partir da Praia de Mira (feitas desaparecer em 2015), e sobretudo o mais longo, mais estratégico e mais importante de todos os projectos, para o qual o CEMAR sempre trabalhou desde a sua criação em 1995 (pacientemente, desde há 25 anos...): a criação, na cidade da Figueira da Foz, do MUSEU DO MAR…
O projecto principal e primordial (primeiro e último) do CEMAR... O projecto acerca do qual até havia sido possível, por fim, chegar a um entendimento com a anterior presidência da Autarquia da Figueira da Foz, nos anos 2018-2019; mas que, depois do desaparecimento do seu responsável, entretanto falecido, foi pela nova presidência dessa Autarquia feito desaparecer… ao mesmo tempo que o CEMAR passou a ser tratado com total incorrecção… e todas estas matérias passaram a ser silenciadas... como se não existissem (até a grande exposição preparada pelo CEMAR sobre a figura do Infante Dom Pedro, primeiro apresentada com grande êxito no Tribunal da Relação de Coimbra, a exposição que era um dos núcleos embrionários para esse Museu do Mar, foi na Figueira da Foz em 9 de Julho de 2019 desmontada e feita desaparecer do olhar do público [!], na semana anterior ao início da "saison" anual figueirense... [!]… a única "saison", da segunda quinzena de Julho e do mês de Agosto, em que nesta cidade existe público…).
Um ano depois desse desaparecimento -- agora, em Julho-Agosto de 2020, ao mesmo tempo que está em curso a celebração dos 25 anos da criação do CEMAR, e a propósito desta efeméride a Câmara Municipal local está a tratar esta associação científica local com mais incorrecção, grosseria, e má educação do que nunca... --, está já definitivamente perdida a paciência, devido às últimas gotas de água que fizeram transbordar o que, desde há muito, estava cheio. Esta é a mensagem final, neste ano de 2020, do director do Centro de Estudos do Mar, Alfredo Pinheiro Marques, o historiador especializado na figura do Infante Dom Pedro de Coimbra e de Buarcos (Foz do Mondego), o historiador que desde o princípio havia estado na fundação do CEMAR, em 1995, e que depois o dirigiu ao longo dos 25 anos seguintes. A mensagem final acerca desta celebração e deste silenciamento que estão agora em curso neste ano de 2020... E acerca das explicações, desculpas, e reparações, que vão ter que ser apresentadas ao CEMAR devido a todas e cada uma das situações gravíssimas e escandalosas que lhe foram criadas ao longo destes 25 anos, e, mais do que tudo, sobretudo, agora, acerca da inadmissível situação actual: a situação de torpedeamento insidioso, desde 2019, em que se encontra o projecto do MUSEU DO MAR…
O novo Museu (o museu que, tematicamente, deveria ter sido sempre o adequado, para uma cidade de mar como esta...) o Museu a criar em parceria da Câmara Municipal da Figueira da Foz e do CEMAR... e para o qual foi, desde há anos, manifestada a disponibilidade de apoios de várias entidades, ente as quais a Marinha Portuguesa.
O projecto cujo guião temático e plano de conteúdos, teórico e conceptual, está desde o dia 13 de Setembro de 2018 formalmente entregue pelo Centro de Estudos do Mar à Câmara Municipal da Figueira da Foz (e o seu teor textual e iconográfico logo então divulgado publicamente... para evitar quaisquer equívocos futuros...), e que, desde então, ficou bem guardado, em alguma gaveta, pelo respectivo funcionalismo público de "Cultura" e respectivos eleitos político-partidários, ao seu serviço.
O projecto cuja amostra, prática e material, de um dos seus embriões originários principais (a grande exposição sobre a a figura histórica do Infante Dom Pedro vinda do Tribunal da Relação de Coimbra), foi desde o dia 9 de Julho de 2019 mandada desmontar (e, assim, escondida do olhar do público…), por esse mesmo funcionalismo público e respectivos eleitos político-partidários."
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