"A Associação Empresarial da Região de Coimbra (NERC) acusou ontem o Governo de abandonar aquele território, que corresponde à maior comunidade intermunicipal nacional, depois de as obras previstas para o porto da Figueira da Foz terem sido adiadas.
Em comunicado enviado à agência Lusa, a NERC afirma que a região de Coimbra foi “abandonada pelo Governo” e que as obras no porto da Figueira da Foz, previstas para se terem iniciado em 2019 e concluídas em 2021, foram “adiadas ‘sine die’” para o próximo quadro comunitário de apoio.
“O adiamento pode inviabilizar o investimento de privados num montante quase igual aos dos fundos europeus e que pode agora não se conseguir manter, perdendo Portugal esta oportunidade”, avisa a instituição presidida pelo empresário Horácio Pina Prata.
“Mas já ninguém se surpreende com este desprezo por um Centro cada vez mais esvaziado. Desta vez foram condicionantes ligadas ao património arqueológico subaquático que atrasaram a apresentação ao [programa] COMPETE de documentos a anexar à candidatura”, refere a associação empresarial.
As críticas estendem-se ao “abandonado” do eixo Figueira da Foz – Vilar Formoso, “ligando o Centro à Europa em autoestrada” e ao IP3 Coimbra – Viseu, que não foi “considerado como prioritário”.
Já na ferrovia, “as melhorias na linha da Beira Alta continuam a ter como referência a sua conceção do século XIX, não se observando a sua requalificação e adaptação ao transporte transeuropeu de mercadorias associada à rentabilização do porto da Figueira da Foz e a competitividade da região Centro”, sustenta."
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