O pluralismo, ao contrário do que muita boa gente pensa, não é um jornal publicar ao longo da semana, todos os dias, uma coluna de opinião.
Uns dias, de afectos ao PS; outros, de afectos ao PSD; resta um dia para o PCP e outro para o BE.
O pluralismo não é isso. É outra coisa: consiste em retratar as fracturas de opinião realmente existentes, por exemplo, numa sociedade como a Figueira.
Duarte Pacheco só fez o que fez em Portugal, porque tal aconteceu no Portugal do Estado Novo. O que ele fez, só era possível em ditadura e com a subordinação da propriedade privada, não à cidade, mas a uma cidade monumental de inspiração nas obras públicas do fascismo italiano.
É isso que querem, hoje, para a Figueira? Se calhar, é ainda este modelo que, inconscientemente, povoa os sonhos de grandeza dos políticos que ocupam o poder na Figueira.
O Arquitecto Ribeiro Teles teve sempre críticos das suas posições sobre a cidade. Só que esses, na Figueira, não perderam tempo a contestá-lo: o que foram fazendo ao longo dos anos, foi contra tudo aquilo que foi a luta da sua vida.
Na Figueira, sempre houve bom e mau urbanismo. Basta olhar para os últimos cem anos. O Parque das Abadias, vem do tempo do Estado Novo. Deve-se à visão do eng. Coelho Jordão, um presidente de câmara escolhido pelo regime anterior ao 25 de Abril.
De 1974, para cá, recordo-me bem o que se tem passado. Os últimos 40 e tal anos de Estado Democrático deram muito de mau urbanismo à Figueira.
Basta, para perceber isto, ir dar um passeio à marginal.
Pode-se começar frente ao Mercado Municipal, olhar, com olhos de ver, para o Forte de Santa Catarina - que embora de pouco valor ou relevo para a história militar portuguesa, teve um papel fundamental na defesa da Figueira, bem como na explicação da sua formação e história - e prosseguir até às muralhas de Buarcos...
Uns dias, de afectos ao PS; outros, de afectos ao PSD; resta um dia para o PCP e outro para o BE.
O pluralismo não é isso. É outra coisa: consiste em retratar as fracturas de opinião realmente existentes, por exemplo, numa sociedade como a Figueira.
Duarte Pacheco só fez o que fez em Portugal, porque tal aconteceu no Portugal do Estado Novo. O que ele fez, só era possível em ditadura e com a subordinação da propriedade privada, não à cidade, mas a uma cidade monumental de inspiração nas obras públicas do fascismo italiano.
É isso que querem, hoje, para a Figueira? Se calhar, é ainda este modelo que, inconscientemente, povoa os sonhos de grandeza dos políticos que ocupam o poder na Figueira.
O Arquitecto Ribeiro Teles teve sempre críticos das suas posições sobre a cidade. Só que esses, na Figueira, não perderam tempo a contestá-lo: o que foram fazendo ao longo dos anos, foi contra tudo aquilo que foi a luta da sua vida.
Na Figueira, sempre houve bom e mau urbanismo. Basta olhar para os últimos cem anos. O Parque das Abadias, vem do tempo do Estado Novo. Deve-se à visão do eng. Coelho Jordão, um presidente de câmara escolhido pelo regime anterior ao 25 de Abril.
De 1974, para cá, recordo-me bem o que se tem passado. Os últimos 40 e tal anos de Estado Democrático deram muito de mau urbanismo à Figueira.
Basta, para perceber isto, ir dar um passeio à marginal.
Pode-se começar frente ao Mercado Municipal, olhar, com olhos de ver, para o Forte de Santa Catarina - que embora de pouco valor ou relevo para a história militar portuguesa, teve um papel fundamental na defesa da Figueira, bem como na explicação da sua formação e história - e prosseguir até às muralhas de Buarcos...
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