Cito a senhora vice presidente da câmara Municipal da Figueira da Foz, ontem numa crónica no jornal Diário as Beiras.
«Do que mais me custa é ouvir figueirenses dizerem mal da Figueira. Não consigo compreender, mas talvez o problema seja meu, que não tive o privilégio de nascer na Figueira, mas tive o livre arbítrio para a escolher, para cá viver, e não lhe consigo ver defeitos. Quando constantemente dizemos mal do nosso concelho nas redes sociais, na comunicação social ou até num qualquer convívio na rua, realçando apenas as coisas que estão menos bem, corremos o risco de desvalorizar todo o nosso potencial económico. Pois, tal como dizia um velho anúncio, “Se eu não gostar de mim, quem gostará?”.»
Cito Salgueiro Maia, na noite de 24 para 25 de Abril.
"Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!"
Continuando as citações, cito Carlos Ferreira: "A senhora vereadora não quer perceber que não se fala mal da Figueira, mas do estado a que a Figueira chegou. Não se trata da campanha mas de publicidade enganosa promovida pelo município."
Prosseguindo ainda com as citações, cito um leitor atento do OUTRA MARGEM:
CeterisParibus disse...
"Mal da Figueira? Não, Senhora Vereadora. Fala-se sim do mal que se faz à Figueira. E nesta premissa, partilho da sua indignação.
E sim, há aspectos da "autarquia" que devem ser melhorados, nomeadamente a qualidade dos autarcas.
Quanto ao foro "próprio", releia o que escreveu, sopese-o com o direito à liberdade de expressão ( 37° da CRP ), e se entender emendar a mão, estou certo que ninguém lhe leva a mal."
A crise - esta crise - em que a Figueira já está mergulhada, começa a trazer à superfície aquilo que eu ando a denunciar há muitos anos: a Figueira tem um problema democrático.
Os media que publicam coisas sobre a Figueira estão dominados ideologicamente e condicionados financeiramente. Na Figueira, existe uma coisa terrível e que causa danos irreparáveis, que tem nome: chama-se ditadura da opinião.
Sou do tempo em que os jornalistas andavam atrás das notícias e os leitores compravam jornais para saber as últimas. Nesse tempo, a televisão e a rádio não faziam concorrência à imprensa. Ser jornalista era um orgulho. Os leitores eram fiéis aos títulos.
Hoje em dia, há quem pretenda culpar as novas tecnologias, a Internet e as redes sociais pela crise dos jornais. Discordo. Os jornais (e a comunicação social em geral) é que se foram suicidando. Muitos jornalistas contribuíram para isso.
Continua a haver bons jornalistas. Todavia, o sector ficou dominado por gente sem escrúpulos, que aproveitou o jornalismo para se ligar com o poder político e económico.
Sempre existiu este tipo de jornalistas. Mas, há anos atrás, no meio todos sabiam quem eles eram. Hoje em dia, é mais fácil aos jornalistas camuflarem essas ligações.
Concluíndo.
Os políticos gostam de órgãos de informação controlados.
Por isso, foi sem surpresa que li as palavras da senhora vice presidente da câmara municipal da Figueira da Foz.
Os políticos e alguns jornalistas não gostam de blogues e do facebook.
O que os políticos odeiam nos blogues e no facebook, não são os disparates que às vezes vemos. Não são esses, que os políticos mais temem. O que eles receiam mesmo é aquilo a que eles não estão nada habituados: a opinião livre. Que o cidadão comum faça chegar a sua opinião a outros cidadãos comuns, sem que essa opinião seja filtrada pelos assessores.
«Do que mais me custa é ouvir figueirenses dizerem mal da Figueira. Não consigo compreender, mas talvez o problema seja meu, que não tive o privilégio de nascer na Figueira, mas tive o livre arbítrio para a escolher, para cá viver, e não lhe consigo ver defeitos. Quando constantemente dizemos mal do nosso concelho nas redes sociais, na comunicação social ou até num qualquer convívio na rua, realçando apenas as coisas que estão menos bem, corremos o risco de desvalorizar todo o nosso potencial económico. Pois, tal como dizia um velho anúncio, “Se eu não gostar de mim, quem gostará?”.»
Cito Salgueiro Maia, na noite de 24 para 25 de Abril.
"Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!"
Continuando as citações, cito Carlos Ferreira: "A senhora vereadora não quer perceber que não se fala mal da Figueira, mas do estado a que a Figueira chegou. Não se trata da campanha mas de publicidade enganosa promovida pelo município."
Prosseguindo ainda com as citações, cito um leitor atento do OUTRA MARGEM:
CeterisParibus disse...
"Mal da Figueira? Não, Senhora Vereadora. Fala-se sim do mal que se faz à Figueira. E nesta premissa, partilho da sua indignação.
E sim, há aspectos da "autarquia" que devem ser melhorados, nomeadamente a qualidade dos autarcas.
Quanto ao foro "próprio", releia o que escreveu, sopese-o com o direito à liberdade de expressão ( 37° da CRP ), e se entender emendar a mão, estou certo que ninguém lhe leva a mal."
A crise - esta crise - em que a Figueira já está mergulhada, começa a trazer à superfície aquilo que eu ando a denunciar há muitos anos: a Figueira tem um problema democrático.
Os media que publicam coisas sobre a Figueira estão dominados ideologicamente e condicionados financeiramente. Na Figueira, existe uma coisa terrível e que causa danos irreparáveis, que tem nome: chama-se ditadura da opinião.
Sou do tempo em que os jornalistas andavam atrás das notícias e os leitores compravam jornais para saber as últimas. Nesse tempo, a televisão e a rádio não faziam concorrência à imprensa. Ser jornalista era um orgulho. Os leitores eram fiéis aos títulos.
Hoje em dia, há quem pretenda culpar as novas tecnologias, a Internet e as redes sociais pela crise dos jornais. Discordo. Os jornais (e a comunicação social em geral) é que se foram suicidando. Muitos jornalistas contribuíram para isso.
Continua a haver bons jornalistas. Todavia, o sector ficou dominado por gente sem escrúpulos, que aproveitou o jornalismo para se ligar com o poder político e económico.
Sempre existiu este tipo de jornalistas. Mas, há anos atrás, no meio todos sabiam quem eles eram. Hoje em dia, é mais fácil aos jornalistas camuflarem essas ligações.
Concluíndo.
Os políticos gostam de órgãos de informação controlados.
Por isso, foi sem surpresa que li as palavras da senhora vice presidente da câmara municipal da Figueira da Foz.
Os políticos e alguns jornalistas não gostam de blogues e do facebook.
O que os políticos odeiam nos blogues e no facebook, não são os disparates que às vezes vemos. Não são esses, que os políticos mais temem. O que eles receiam mesmo é aquilo a que eles não estão nada habituados: a opinião livre. Que o cidadão comum faça chegar a sua opinião a outros cidadãos comuns, sem que essa opinião seja filtrada pelos assessores.
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