sábado, 11 de julho de 2020

Campanhas (6)

"Do que mais me custa é ouvir figueirenses dizerem mal da Figueira. Não consigo compreender, mas talvez o problema seja meu, que não tive o privilégio de nascer na Figueira, mas tive o livre arbítrio para a escolher, para cá viver, e não lhe consigo ver defeitos. Quando constantemente dizemos mal do nosso concelho nas redes sociais, na comunicação social ou até num qualquer convívio na rua, realçando apenas as coisas que estão menos bem, corremos o risco de desvalorizar todo o nosso potencial económico. Pois, tal como dizia um velho anúncio, “Se eu não gostar de mim, quem gostará?”. Como podemos querer ser um concelho atrativo para investimentos que criem novos postos de trabalho ou para novos jovens moradores que aumentem a natalidade, se os que cá moram os desmotivam a vir? Claro que há aspetos que poderiam funcionar melhor, quer na autarquia, quer noutros serviços públicos, quer nas empresas figueirenses, quer nos figueirenses, mas há locais próprios para reclamar ou para exercer o direito de cidadania e de liberdade de expressão, sem com isso prejudicar a imagem da nossa Figueira. A campanha em curso pretende mostrar o imenso valor da Figueira, tentando, antes de mais, que os próprios figueirenses sejam os seus primeiros embaixadores e, de seguida, revelar ao resto, utilizando, como estratégia de comunicação, a figura de estilo da comparação com os destinos que os portugueses normalmente escolhem quando passam férias no estrangeiro. Pois, na realidade, a Figueira tem uma diversidade de paisagens e características que não é usual encontrar num só município. Desde os campos de arroz, que fazem lembrar o oriente, às milenares salinas com os seus fl amingos residentes que trazem um exotismo único, à onda direita mais comprida da Europa, que pode atrair tantos surfi stas como o Havai, ou o famoso passeio junto à praia, com a Serra da Boa Viagem como pano de fundo, que sempre denominámos de calçadão, tal como o do Rio de Janeiro, ou ainda a maior praia do país só comparável aos intermináveis areais do nordeste brasileiro. E poderia continuar. Esta campanha ilustra que vale a pena viajar para a Figueira, pois o que quer que se procure encontra e em segurança."
Via Diário as Beiras

2 comentários:

  1. Mal da Figueira? Não, Senhora Vereadora. Fala-se sim do mal que se faz à Figueira. E nesta premissa, partilho da sua indignação.
    E sim, há aspectos da "autarquia" que devem ser melhorados, nomeadamente a qualidade dos autarcas.
    Quanto ao foro "próprio", releia o que escreveu, sopese-o com o direito à liberdade de expressão ( 37° da CRP ), e se entender emendar a mão, estou certo que ninguém lhe leva a mal.

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  2. Citando:
    ..."ou ainda a maior praia do país só comparável aos intermináveis areais do nordeste brasileiro."
    Se era para fazer a coisa parecer real deveria falar na Praia do Cassino, localizada nos Municípios de Rio Grande e Santa Maria do Palmar, Rio Grande do Sul, Brasil com mais de 200 Kms de comprimento.

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