(Comunicado e Nota de Informação -15 de Julho de 2020)
Alfredo Pinheiro Marques |
Nos últimos meses, desde Março, deveria ter continuado em curso, se tal tivesse sido possível, o ciclo dos Encontros do Mar 2020 através do qual o CEMAR, com um elenco vastíssimo e qualificadíssimo de conferencistas, semana após semana, ao longo do ano inteiro de 2020, tinha começado a fazer a celebração dessa efeméride dos 25 anos da sua fundação — um ciclo que, no entanto, infelizmente, só pôde ser efectivado nas suas primeiras oito semanas, de Janeiro a Março, quando a suspensão desses Encontros teve que ser pelo CEMAR publicamente anunciada (em comunicado e nota de informação datado de 12 de Março e então enviado aos participantes e ao público em geral) devido à gravidade da situação de saúde pública, internacional, europeia, e nacional, originada pela pandemia do SARS-CoV-2 (Coronavirus) e consequente desaconselhamento da realização de qualquer espécie de evento público.
A esse imperativo geral de racionalidade e legalidade amplamente tido em conta no país e no mundo (de se suspenderem eventos que pudessem contribuir para o agravamento da situação de pandemia), somou-se, no entanto, também, para além disso, neste caso particular da suspensão do Ciclo Comemorativo na Cidade da Figueira da Foz dos 25 Anos do CEMAR (2020), o facto de, neste caso e nesta cidade, estar agora em curso em 2019-2020 uma ampla série de situações estranhíssimas e escandalosas (somando-se a muitas outras, também não menos estranhas, e graves, que já vinham do passado, ao longo dos vinte e cinco anos anteriores), protagonizadas pela entidade pública da administração autárquica desta cidade, a entidade chamada Câmara Municipal da Figueira da Foz (CMFF), no trato havido da parte dessa entidade pública local (seu funcionalismo público, e seus eleitos político-partidários) para com o CEMAR. Para com o CEMAR que, como ninguém ignora, é a mais significativa, duradoura, e produtiva (qualitativa e quantitativamente) de todas as associações científicas, culturais e editoriais (e com estatuto de utilidade pública) desde sempre existentes na história desta cidade. Para com o CEMAR, em geral, e sobretudo agora para com a celebração dos seus 25 Anos, e a criação do Museu do Mar na Figueira da Foz, em particular, nestes anos 2019-2020.
Dando um último exemplo de paciência, o CEMAR não quis deixar de conceder, nestes anos de 2019-2020 — desde 09.07.2019... e até ao dia em que se completou um ano exacto desde essa data (na semana passada, em 09.07.2020 —), uma última oportunidade para que essa entidade da administração pública local da Figueira da Foz, através do seu actual Exº. Sr. Presidente de Câmara, tivesse podido apresentar, institucionalmente, se o tivesse querido fazer, as suas explicações, desculpas, e reparações, por todas e cada uma dessas situações em geral, que vinham do passado (ao longo dos últimos 25 anos), e sobretudo agora pelas situações mais recentes, em particular, ocorridas nas vésperas e na efectivação desta Celebração dos 25 Anos do CEMAR, nomeadamente o silenciamento censório, encerramento ao olhar do público, e posterior desmontagem (encerramento em 09.07.2019, exactamente na semana anterior a poder começar a ter público significativo, no início da “saison” figueirense de 2019…!!!), da grande exposição sobre a figura histórica do Infante Dom Pedro de Coimbra e de Buarcos, vinda do Tribunal da Relação de Coimbra, que era um contributo embrionário para o MUSEU DO MAR na Figueira da Foz; bem como as inadmissíveis atitudes praticadas da parte dessa Câmara Municipal para com o Ciclo dos Encontros do Mar 2020 durante as oito semanas em que esse ciclo esteve em curso, e até mesmo, por fim — última gota de água, vergonhosa —, para com o acto público da inauguração, no dia 27.01.2020, da exposição CEMAR 1995-2020 — Vinte e Cinco Anos - Na Beira, do Mar. O acto público, no Theatro Trindade de Buarcos, através do qual foi celebrado, ao fim de quarenta minutos de espera (!), com a ausência da CMFF (!), o dia exacto da criação do CEMAR, a mais significativa, duradoura e produtiva de todas as associações científicas, culturais e editoriais alguma vez criadas e mantidas na cidade da Foz do Mondego (criada em 27.01.1995, por escritura pública assinada no Salão Nobre da CMFF, e tendo, então, na época, essa Câmara Municipal a presidir à sua Assembleia Geral).
Este foi o nosso último exemplo de paciência, até Julho de 2020. A partir do qual pela parte desta associação científica privada sem fins lucrativos, com estatuto de utilidade pública, se vai passar a exigir que pela parte dessa entidade da administração pública autárquica do Estado Português chamada CMFF — do seu funcionalismo público, dito de Cultura, instalado nos seus respectivos Serviços, ditos de Cultura, do Museu Municipal existente… e por parte dos seus sucessivos eleitos político-partidários, ao seu serviço —, sejam apresentadas as suas explicações, desculpas, e reparações.
Explicações, desculpas, e reparações, por todas e cada uma das situações que já vinham do passado (e são bem graves, durante vinte e cinco anos…), e sobretudo agora pelas situações que estão neste momento pendentes, no presente: as atitudes de discriminação, silenciamento censório, e torpedeamento insidioso, de tudo aquilo que diga ou possa dizer respeito ao CEMAR. Sobretudo a criação do Museu do Mar… em relação ao qual existe uma parceria entre a CMFF e o CEMAR (com um projecto entregue formalmente desde 13 de Setembro de 2018), mas que, na verdade, como já se percebeu, há quem queira impedi-lo a todo o custo (desde o desaparecimento do anterior Presidente da CMFF, com quem essa parceria havia sido tratada)."
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