sexta-feira, 26 de junho de 2020

Reflexão de um não militante partidário, a propósito de um acto eleitoral partidário que vai decorrer amanhã...

Amanhã, o PSD/Figueira vai a votos para escolher o presidente da concelhia nos próximos dois anos.
Em princípio, as eleições internas nos partidos são um assunto  sério. 
Todavia, alguém sabe alguma coisa sobre o que pensa Carlos Rabadão sobre o futuro da Figueira?
Sobre Ricardo Silva, quem anda minimamente atento, concorde ou discorde com as suas tomadas de posição como vereador da oposição, sabe o papel que tem assumido e o que defende.


Dir-me-ão que a escolha da próxima concelhia só tem a ver com os militantes do PSD. 
Respeitando essa opinião, discordo. No próximo ano haverá eleições autárquicas. Quem estiver ao leme das concelhias vai ter uma acção decisiva na escolha dos candidatos às autárquicas em 2021. E, isso, já tem a ver com a vida de todos: dos militantes que sempre tiveram as quotas pagas; dos "militantes" que não pagavam quotas há cinco ou dez anos e que agora, com 24 euros (o valor de 2 anos de quotas...) viram o problema resolvido e podem concorrer e votar; e de todos os outros...

Os dirigentes que amanhã vão ser escolhidos pelo PSD/Figueira, passam a ser o "aparelho" do partido a nível local.
Na minha condição de não militante de nenhum partido, tenho de aceitar que o voto de amanhã só pode ser exercido pelos politicamente comprometidos com o PSD e, no mínimo, com as quotas pagas.
Tenho de assumir, se quiser entender alguma coisa sobre o funcionamento dos Partidos Políticos, que os militantes de um Partido não são o ”aparelho”, mas os dirigentes que eles escolhem passam a fazer parte do "aparelho".

E o que é o "aparelho"
O "aparelho" é o poder e o dinheiro, e o caciquismo que o poder e o dinheiro provoca. 
E, isso, não está controlado pelos militantes, mas sim por pequenos núcleos e na amálgama de "elites" que se enquistam à volta do poder personalizado, julgando que as organizações políticas são seitas reunidas em torno de uma divindade.

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