"Quanto à pergunta formulada, se concordaria com a internalização da empresa municipal Figueira Domus, oferece-me dizer, em primeira análise, que detendo a Câmara Municipal a totalidade do capital, quase seria indiferente, pois o importante, de meu ponto de vista, é que continue assegurado o papel social da empresa em termos de alojamento de populações mais frágeis.
É intenção do Executivo camarário alterar o modo de funcionamento da F. Domus, digamos assim, sendo que, segundo informações recentes do Presidente ainda não foi decidido o “modelo”, nomeadamente se a internalização ou a integração. “O que queremos é que fique na directa dependência da Câmara”, intenção que obviamente aplaudo.
Considerou o Presidente que algumas das empresas municipais extintas, mais do que não eram do que “gorduras”, consumindo meios. Partilho deste ponto de vista pois algumas só quase cumpriram um objectivo translúcido: a satisfação de clientelas políticas, de modo mais visível ou mais obscuro.
Também na altura me senti muito gratificada com as extinções e neste caso em análise, vejo uma vantagem na internalização ou integração: o alívio do peso burocrático do aparelho que gere a empresa. Espero que alguns erros que foram cometidos, possam de alguma forma ser corrigidos: a criação de guetos em alguns alojamentos, e que tem levado a um mau ambiente entre os residentes, intolerância e o despoletar de recuados sentimentos xenófobos e racistas, que em nada contribuem para a assumpção plena de uma cidadania saudável.
Voltando ao assunto, cabe aqui chamar a atenção para a contradição presente nas decisões camarárias, a postura completamente diversa que tomou em relação à empresa Figueira Parques, que não dando prejuízo, antes por contrário, não foi integrada mas privatizada e em condições absolutamente régias por parte do comprador: um negócio de oiro, que os munícipes não compreenderam e continuam a repudiar. Se tivesse sido internalizada/integrada seria uma mais valia para o Município e uma alavanca nos seus mecanismos financeiros."
Via Diário as Beiras
É intenção do Executivo camarário alterar o modo de funcionamento da F. Domus, digamos assim, sendo que, segundo informações recentes do Presidente ainda não foi decidido o “modelo”, nomeadamente se a internalização ou a integração. “O que queremos é que fique na directa dependência da Câmara”, intenção que obviamente aplaudo.
Considerou o Presidente que algumas das empresas municipais extintas, mais do que não eram do que “gorduras”, consumindo meios. Partilho deste ponto de vista pois algumas só quase cumpriram um objectivo translúcido: a satisfação de clientelas políticas, de modo mais visível ou mais obscuro.
Também na altura me senti muito gratificada com as extinções e neste caso em análise, vejo uma vantagem na internalização ou integração: o alívio do peso burocrático do aparelho que gere a empresa. Espero que alguns erros que foram cometidos, possam de alguma forma ser corrigidos: a criação de guetos em alguns alojamentos, e que tem levado a um mau ambiente entre os residentes, intolerância e o despoletar de recuados sentimentos xenófobos e racistas, que em nada contribuem para a assumpção plena de uma cidadania saudável.
Voltando ao assunto, cabe aqui chamar a atenção para a contradição presente nas decisões camarárias, a postura completamente diversa que tomou em relação à empresa Figueira Parques, que não dando prejuízo, antes por contrário, não foi integrada mas privatizada e em condições absolutamente régias por parte do comprador: um negócio de oiro, que os munícipes não compreenderam e continuam a repudiar. Se tivesse sido internalizada/integrada seria uma mais valia para o Município e uma alavanca nos seus mecanismos financeiros."
Via Diário as Beiras
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