A Figueira é um concelho acolhedor e agradável. Não pelas oportunidades e o rendimento médio de quem vive do seu trabalho e nem pela dignidade com que os seus habitantes são tratados por quem governa o concelho.
É bom viver cá pelo clima (tirando o vento...), pela localização, pelas praias (especialmente, as situadas a sul do estuário do Mondego), pela diversidade ambiental (rio, mar, campo, serra), mas não pela forma como é gerida ou pela riqueza que distribui à maioria dos seus habitantes.
Dos políticos nem vale a pena falar. Não tiveram rasgo nem competência para conduzir os destinos do concelho em tempos normais, não é agora, que estamos a viver esta tremenda pandemia, que podemos contar com eles.
Muitos de nós vamos ser atirados para a pobreza. Vamos ter sectores fechados e sem grandes perspetivas de obterem receitas significativas nos próximos meses. Teremos algumas empresas em agonia se não mesmo à beira da falência e trabalhadores com reduções de rendimentos ou mesmo sem rendimentos e sem quaisquer hipóteses de encontrarem trabalho.
Neste dia 1º de Maio de 2020, temos à nossa frente um cenário muito complicado, havendo mesmo o risco de virmos a enfrentar problemas sociais e humanos muito sérios.
O que poderia fazer um autarca perante este cenário?
Por aqui, a sua preocupação é ele próprio e a sua sobrevivência como presidente da autarquia. Prepara a sua candidatura, inunda as páginas da comunicação social de autopromoção, mesmo no 25 de Abril.
Andaram a gastar fortunas para haver carnaval na Figueira todos os dias, dinheiro esse que agora faz falta, coisa que eles terão difilcudade em perceber, pois têm vencimentos acima da média que obteriam se não fossem políticos.
Neste 1º de Maio de 2020, que cada um de nós fique em casa e que aproveite para fazer uma reflexão. Pensem, mas pensem bem, em como todos nós poderíamos contornar o buraco em que meteram o concelho, tornando-o incapaz de promover a criação de riqueza, a sua distribuição pelo emprego, pela competência e pela justiça social.
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