"É difícil prever quanto tempo irá durar a pandemia e a forma como será ultrapassada. Será através da imunidade de grupo? De uma vacina? De um fármaco eficiente? Para já, vamos entrar na fase de desconfinamento progressivo que constituirá um grande desafio à organização da nossa sociedade.
Trabalhos científicos recentes têm demonstrado que os maiores focos de contaminação da Covid-19 durante o confinamento têm ocorrido em hospitais, centros de saúde, lares de idosos e grandes empresas de serviços e produtos essenciais, em suma locais de especial concentração e interação entre pessoas.
As contaminações por meras interações sociais, como encontros com amigos e vizinhos durante um passeio estão abaixo de 5% dos casos. Por isso, será fundamental nesta fase as várias entidades garantirem o equipamento e os métodos de organização necessários para o regresso ao trabalho sem riscos elevados de contaminação.
No meu caso, tal como muitos docentes e investigadores recorri ao teletrabalho (que para mim não era novidade) e às aulas remotas. No caso das aulas, a experiência tem corrido muito bem e faço questão de salientar a excelente e rápida resposta dos alunos bem como da minha instituição e do meu sindicato.
Não sei se é impressão minha, mas parece-me que os alunos estão a trabalhar melhor. Estou convicto que esta experiência de utilização de tecnologias para reuniões e aulas remotas é um método que está para ficar, o que será positivo para o futuro do planeta, evitando imensas deslocações desnecessárias.
A minha instituição esteve envolvida em várias iniciativas de combate à Covid-19, como a produção de ventiladores e de viseiras. Para o nosso trabalho experimental teremos o privilégio de usar essas viseiras, bem como luvas e desinfetantes (não nos vamos injetar!), para além de estabelecermos uma quota do número de pessoas presentes em cada laboratório. Por isso, retomarei tranquilamente a minha atividade profissional.
Inquieta-me mais é se a sociedade extraiu a lição principal desta pandemia: não podemos continuar a tratar a saúde e a ciência como atividades menores."
Via Diário as Beiras
Trabalhos científicos recentes têm demonstrado que os maiores focos de contaminação da Covid-19 durante o confinamento têm ocorrido em hospitais, centros de saúde, lares de idosos e grandes empresas de serviços e produtos essenciais, em suma locais de especial concentração e interação entre pessoas.
As contaminações por meras interações sociais, como encontros com amigos e vizinhos durante um passeio estão abaixo de 5% dos casos. Por isso, será fundamental nesta fase as várias entidades garantirem o equipamento e os métodos de organização necessários para o regresso ao trabalho sem riscos elevados de contaminação.
No meu caso, tal como muitos docentes e investigadores recorri ao teletrabalho (que para mim não era novidade) e às aulas remotas. No caso das aulas, a experiência tem corrido muito bem e faço questão de salientar a excelente e rápida resposta dos alunos bem como da minha instituição e do meu sindicato.
Não sei se é impressão minha, mas parece-me que os alunos estão a trabalhar melhor. Estou convicto que esta experiência de utilização de tecnologias para reuniões e aulas remotas é um método que está para ficar, o que será positivo para o futuro do planeta, evitando imensas deslocações desnecessárias.
A minha instituição esteve envolvida em várias iniciativas de combate à Covid-19, como a produção de ventiladores e de viseiras. Para o nosso trabalho experimental teremos o privilégio de usar essas viseiras, bem como luvas e desinfetantes (não nos vamos injetar!), para além de estabelecermos uma quota do número de pessoas presentes em cada laboratório. Por isso, retomarei tranquilamente a minha atividade profissional.
Inquieta-me mais é se a sociedade extraiu a lição principal desta pandemia: não podemos continuar a tratar a saúde e a ciência como atividades menores."
Via Diário as Beiras
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